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BC trabalha para manter inflação na meta além de 2016, diz Tombini

Presidente do órgão, Alexandre Tombini afirmou que o BC 'está e continuará vigilante' no combate à inflação; apesar de ter elevado a projeção oficial para 9% em 2015, BC espera alívio no ano que vem

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Por Redação
Atualização:

O Banco Central está avançando nos seus esforços de trazer a inflação para o centro da meta e mantê-la assim para além de 2016, afirmou o presidente da instituição, Alexandre Tombini, durante um evento na noite de quarta-feira, 1º, em São Paulo.

Tombini reiterou o compromisso do BC de trazer a inflação para o centro da meta oficial, de 4,5%, até o fim do ano que vem. A inflação anual do país subiu para 8,8% em meados de junho.

"Quero reafirmar que a política monetária no Brasil está e continuará vigilante para assegurar a convergência da inflação ao centro da meta em 2016 e sua estabilidade nos anos à frente", afirmou.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini Foto: Joedson Alves/Reuters

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Tombini voltou a falar em "determinação e perseverança" para a consolidação do processo de transformação econômica. Ele disse estar convencido de que os ajustes macroeconômicos têm grande potencial para estabelecer as bases para a retomada de um crescimento sustentável.

"A consolidação desse processo de transformação econômica ora em curso requer determinação e perseverança de todos, e a participação do setor privado."

Na semana passada, por meio do Relatório Trimestral de Inflação, o BC sinalizou que o atual aperto monetário será intenso diante do cenário de inflação elevada e com as expectativas ainda não totalmente ancoradas no centro da meta, de 4,5% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que aponta a inflação oficial.

O BC passou a ver o IPCA a 4,8% no próximo ano e que o indicador somente vai a 4,5% no segundo trimestre de 2017. Para este ano, a expectativa é de que ele suba 9%.

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A autoridade monetária vem repetidamente afirmando que fará o que for necessário, e com "determinação e perseverança", para domar a alta dos preços e levar o IPCA para 4,5% em 2016.

Por isso, é consenso entre os especialistas que a taxa básica de juros do país, hoje em 13,75% ao ano, vai continuar subindo e encarecendo o crédito para o consumidor.

Pela pesquisa Focus do próprio BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, a Selic vai a 14,50%, mas no mercado de juros futuros a visão é mais dura, a 14,75%.

O IPCA surpreendeu em maio passado ao acelerar a alta a 0,74%, acumulando em 12 meses 8,47%. A prévia para o desempenho do índice em junho continuou mostrando pressão, com o IPCA-15 subindo 0,99% neste mês, a maior alta em quase 20 anos.

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