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BES cancela reunião após principal acionista ganhar proteção contra credores

A reunião confirmaria a nova equipe de gestão do banco em seus postos de trabalho

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Por Redação
Atualização:
A Rio Forte detém uma participação de 49 por cento na ESFG, que por sua vez tem uma participação de cerca de 20 por cento no BES Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP

O Banco Espírito Santo disse cancelou uma reunião de acionistas prevista para 31 de julho, depois de seu maior acionista Espírito Santo Financial Group (ESFG) receber proteção contra credores.

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A reunião confirmaria a nova equipe de gestão do banco em seus postos de trabalho, mas essas nomeações não serão afetados pelo fato de a reunião não ocorrer.

"O cancelamento da reunião não tem impacto sobre a gestão atual. As nomeações recentes continuam em vigor", disse um porta-voz do BES.

A ESFG, uma empresa da família Espírito Santo, é o maior acionista do maior banco listado em Portugal, com uma participação de 20 por cento. Mas os problemas têm aumentado para a família Espírito Santo que fundou o BES há mais de um século, depois que irregularidades contábeis foram identificadas em uma de suas holdings no início deste ano.

A incerteza sobre a exposição do BES a perdas potenciais dizimou em mais de 50 por cento o valor do banco desde meados de junho. Suas ações caíram 11 por cento na terça-feira após o cancelamento da reunião de acionistas.

Um tribunal de Luxemburgo aceitou nesta terça-feira os pedidos de proteção contra credores da EFSG e da Rio Forte Investments, outra empresa da família Espírito Santo.

A ESFG disse que o tribunal nomeou um juiz para lidar com o processo e que esperava que o juiz fizesse o seu relatório sobre o caso da ESFG no dia 6 de outubro.

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A Rio Forte detém uma participação de 49 por cento na ESFG, que por sua vez tem uma participação de cerca de 20 por cento no BES. A Espirito Santo International detém a totalidade do capital Rio Forte.

O fracasso da Rio Forte no início deste mês em pagar cerca de 900 milhões de euros (1,210 bilhões de dólares) em dívida comprada pela Portugal Telecom forçou a PT a renegociar os termos da fusão com a Oi no Brasil.

(Reportagem de Andrei Khalip e Sergio Gonçalves)

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