Publicidade

Bolsas da Ásia despencam com medo de recessão nos EUA

Mercados sofreram quedas pelo 2° dia seguido; Na Índia, ações caíram 10%.

Por Marina Wentzel
Atualização:

As bolsas da Ásia registraram forte queda pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira. A venda frenética de ações nesta semana foi desencadeada pelo pessimismo dos investidores quanto ao pacote de incentivos do governo americano à economia e pelo conseqüente temor de que os Estados Unidos não conseguirão evitar uma recessão neste ano. Entretanto, analistas avaliam que a baixa tão acentuada e persistente também é resultado de correções locais, da necessidade de liquidez dos investidores e do chamado efeito "manada". O efeito "manada" é causado pelo medo irracional, que faz com que muitos investidores retirem as aplicações financeiras ao mesmo tempo, levando os mercados ao colapso. Na Índia, o pregão foi suspenso por uma hora depois que ações caíram cerca de 10%. Intervenção Na China, o índice SSE de Xangai fechou com perdas de mais de 7%. Papéis de companhias aéreas e de bancos foram os que mais sofreram. Rumores de que o Bank of China anunciará prejuízo em 2007 por conta das perdas de US$ 7,95 bilhões com a crise das hipotecas nos Estados Unidos, fizeram as ações da empresa despencarem. Austrália, Cingapura e Coréia do Sul também registraram queda acentuada. No Japão, o índice Nikkei encerrou o dia em 5,5% no negativo, provocando a reação do governo. O ministro da Economia japonês, Hiroko Ota, anunciou que por enquanto não pensa em intervir no mercado, pois a origem do problema está nos Estados Unidos e o Japão não pode agir sozinho. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou a sessão com perdas de 8,6%. No acumulado desde o ano novo, o índice Hang Seng já caiu mais de 22% e a bolsa teve dias de perdas individuais recordes, que não eram vistas desde a grande baixa registrada logo após os atentados de 11 de setembro de 2001. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.