O impulso de empresas ligadas a commodities e de bancos colaborou para que a Bovespa tivesse sua terceira alta consecutiva nesta quinta-feira, em meio ao sentimento de alívio dos mercados globais, depois que dados mostraram que a economia dos Estados Unidos cresceu mais que o esperado no segundo trimestre.
O Ibovespa terminou o pregão em alta de 3,64%, maior ganho porcentual desde 21 de novembro do ano passado (+5,02%). Fechou aos 47.715,27 pontos, maior patamar desde 13 de agosto (48.009,56 pontos). Nestes três dias em alta, avançou 7,62%, mas, no mês, cai 6,19% e, no ano, recua 4,58%.
Petrobrás ON disparou 11,28% e a PN, 9,62%. Vale subiu 11,26% na ON e 8,63% na PNA. No setor financeiro, Bradesco PN, +2,45%, Itaú Unibanco PN, 3,54%, BB ON, 3,55%, e Santander Unit, 2,36%.
As medidas anunciadas pela China nos últimos três dias finalmente fizeram os índices acionários do país subirem. As commodities também tiveram fortes ganhos, caso do petróleo, que saltou 10,26% na Nymex, a US$ 42,56 o barril no contrato para outubro.
O desempenho do PIB norte-americano no segundo trimestre surpreendeu positivamente e favoreceu ainda ações de empresas como Gerdau, que atuam no país. Gerdau PN subiu 10,88% e Metalúrgica Gerdau PN disparou 17,67%.
À tarde, no entanto, a Bovespa saiu das máximas depois que o Tesouro divulgou o resultado do Governo Central de julho, quando o déficit ficou em R$ 7,223 bilhões, o pior para o mês da série histórica, iniciada em 1997. Esses números, combinados ao enfraquecimento das bolsas norte-americanas e operações de day trade (entrada e saída do mercado em um único dia), suavizaram o movimento comprador de ações domésticas. Mesmo assim, apenas quatro ações terminaram em baixa.
O Dow Jones subiu 2,27%, aos 16.654,77 pontos, o S&P avançou 2,43%, aos 1.987,66 pontos, e o Nasdaq teve elevação de 2,45%, aos 4.812,71 pontos. Segundo a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre, o PIB dos EUA cresceu 3,7% no período, em valores anualizados, ante expansão de 2,3% na leitura anterior e previsão de alta de 3,3% dos economistas.
(Com Reuters)