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Bovespa mantém queda, puxada por pessimismo nos EUA

Depois do prejuízo do Citigroup, o JP Morgan também anuncia perdas relacionadas ao mercado subprime

Por Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo manteve a tendência de queda nesta quarta-feira, 16, influenciada pelo pessimismo nos mercados mundiais. Às 12h32, o principal índice da Bolsa caía 0,95%, aos 59.336 pontos.   Veja também: Governo quer atenção com crise nos mercados, diz Mantega Lucro do JP Morgan cai 34% no 4º tri, para US$ 2,97 bi   São crescentes os temores de recessão nos EUA. Temerosos do que está por vir nesta quarta, alguns clientes deixaram na terça ordens de vendas de ações engatilhadas, segundo corretores ouvidos esta manhã.   Após o prejuízo anunciado pelo Citigroup, o maior banco americano em ativos, o JP Morgan informou nesta quarta queda de 34% no lucro líquido do quarto trimestre, para US$ 2,97 bilhões (US$ 0,86 por ação). A receita subiu 7% para US$ 17,38 bilhões no quarto trimestre. As ações do bancos subiam e o mercado de ações norte-americano reduziu um pouco a perda depois do resultado do JP Morgan.   A frustração com o balanço da fabricante de chips Intel, que na terça à noite divulgou números abaixo do esperado pelos analistas, também alimenta o mau humor dos investidores esta manhã em Wall Street.   Ásia   O aumento do medo de recessão nos Estados Unidos derrubou também as bolsas asiáticas nesta quarta, com a bolsa de Tóquio fechando no pior patamar em 26 meses.   Na Ásia os investidores desfizeram posições em empresas exportadoras, como Honda Motor e Sony Corp, em decorrência do medo de uma recessão nos Estados Unidos e de um dólar mais fraco. O índice japonês Nikkei fechou em queda de 3,35%, a 13.504 pontos.   O tumulto no mercado imobiliário norte-americano e a crise global de crédito têm derrubado os mercados nos últimos meses, mas as notícias de que o Citigroup e o Merrill Lynch levantaram mais US$ 20 bilhões com investidores semearam os receios de que mais notícias ruins podem ser dadas por financeiras.   "A grande questão que a Ásia terá nos próximos seis meses é que as expectativas de lucros estão muito altas... A conclusão é que os mercados em geral, principalmente nos principais países e mercados, vão enfrentar muita pressão", disse Tim Rocks, estrategista da Macquarie Securities.   O índice MSCI da Ásia Pacífico exceto Japão perdeu 3,8%, operando no patamar mais baixo desde 18 de setembro de 2007.   A bolsa australiana teve o oitavo pregão em baixa, na maior seqüência de baixas desde outubro de 2000. O índice S&P/ASX 200 recuou 2,5%, a 5.809 pontos. A bolsa de Coréia do Sul fechou em queda de 2,4%, a 1.704 pontos, seu pior patamar em cinco meses. Em Hong Kong, a bolsa perdeu fortes 5,37%, a 24.450 pontos.

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