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Bradesco lucra R$3,8 bi no 2º tri; mas crédito avança apenas 8%

Por ALUÍSIO ALVES E GUILLERMO PARRA-BERNAL
Atualização:

O Bradesco superou levemente as previsões de lucro do banco para o segundo trimestre, favorecido por melhores margens com juros, apesar do fraco crescimento do crédito e de maiores despesas administrativas e provisão para perdas com calotes. O segundo maior banco privado do país abriu nesta quinta-feira a temporada de divulgação de resultados de bancos brasileiros do período reportando um lucro líquido de 3,778 bilhões de reais no período, alta anual de 28,1 por cento. Em bases recorrentes, o lucro do foi de 3,804 bilhões de reais, aumento de 27,7 por cento na comparação anual. A previsão média de oito analistas ouvidos pela Reuters apontava para lucro recorrente de 3,59 bilhões de reais no período. O banco sediado em Osasco (SP) viu uma expansão de 8,1 por cento da sua carteira de crédito expandida em 12 meses, para 435,23 bilhões de reais. O grupo seguiu abaixo da expansão prevista para o ano, de 10 a 14 por cento, que foi mantida. Os financiamentos para empresas avançaram 7,5 por cento na mesma comparação, com destaque para as grandes corporações, que avançaram 9,9 por cento. Os empréstimos para pessoas físicas tiveram alta de 9,6 por cento, puxada pelo consignado e pela carteira imobiliária. Apesar do foco em linhas consideradas mais seguras, o índice de inadimplência do Bradesco, medido pelo saldo de operações vencidas há mais de 90 dias, foi de 3,5 por cento, ante 3,4 por cento em março e 3,7 por cento um ano antes. Os indicadores antecedentes, de 15 a 90 dias, porém, apontaram queda. As despesas com provisões para perdas com inadimplência somaram 3,141 bilhões de reais no trimestre, alta de 1,5 por cento em relação a igual período de 2013. De todo modo, o sucesso em repassar maiores custos de captação ao conceder crédito e o aumento de 6,9 por cento das receitas com prestação de serviços, a 5,328 bilhões de reais, levaram o Bradesco à sua maior rentabilidade em oito trimestres. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), medida de rentabilidade usado pelas instituições financeiras, ficou em 20,7 por cento, contra 20,5 por cento no trimestre anterior e 18,8 por cento na comparação ano a ano. Analistas esperavam, em média, ROE de 19,1 por cento para o Bradesco no período. A taxa média de margem de juros chegou aos 7,7 por cento, maior nível desde o primeiro trimestre de 2011. "Este desempenho foi ocasionado pelo melhora de todas as linhas de negócios que compõem a margem de juros", afirmou o Bradesco no relatório. Um ponto negativo do balanço foi o aumento de 3,8 por cento das despeas administrativas e com pessoal, na base sequencial, para 7 bilhões de reais.

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