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Brasil poderá aderir à Parceria Transpacífico, defende ministro

Armando Monteiro afirma que o Brasil está reposicionando sua política comercial e que a Parceria Transpacífico oferece oportunidades

Por Victor Martins
Atualização:
Armando Monteiro,ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Foto: André Dusek/Estadão-06/05/2015

BRASÍLIA - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, defendeu que o Brasil pode entrar, a qualquer momento, na Parceria Transpacífico, o maior tratado de livre comércio do mundo, fechado na semana passada entre os Estados Unidos e 11 países do Pacífico, além de Chile, Peru e México. 

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"Temos atuado para encurtar a distância dos países que formam a aliança do pacífico na América do Sul, por isso firmamos acordos importantes com a Colômbia, Peru e tivemos com o Chile o nosso comércio desagravado", ponderou após a abertura do seminário em comemoração ao cinquentenário de criação do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, evento realizado na manhã desta quarta-feira, 14, em Brasília.

Segundo o ministro, a Parceria Transpacífico oferece oportunidades ao Brasil. "Poderemos aderir ao acordo a qualquer momento, ele não é fechado para nós, tanto que tem Países da América do Sul nele", observou. "Podemos aderir, mas é preciso primeiro construir as bases e harmonizar posicionamento dos países dentro do Mercosul", observou. Na avaliação dele, essa adesão não é algo para curto prazo.

Monteiro disse ainda que esse novo bloco econômico oferecer oportunidade para que o Brasil redefina parceria com a China e que o Brasil pode exportar para os asiáticos produtos com maior valor agregado. "Queremos adicionar mais valor às nossas exportações. Queremos exportar menos grãos e mais farelo, mais óleo de soja", disse.

Nova configuração. Armando Monteiro afirmou que é preciso integrar o Brasil de forma efetiva aos acordos internacionais que têm sido firmados recentemente. Ele destacou que o mundo vive um processo de reconfiguração de blocos econômicos e que o País tem buscado avançar em meio a esse novo cenário com foco na ampliação das relações com os Estados Unidos.    O ministro argumentou que acordos já têm sido firmados para dar mais competitividade ao Brasil no cenário internacional. Ele citou o acordo com o México como exemplo dessa nova estratégia, que na avaliação dele deve quadruplicar total de produtos entre os dois países que têm preferência tarifária. 

O ministro afirmou que o Brasil está fazendo um intenso programa de missões comerciais como parte de estratégia de inteligência para identificar mercado prioritários e fortalecer a imagem do País. "Estamos reposicionando nossa política comercial", disse.

Ele lembrou que até o fim do ano será realizada troca de acordos entre o Mercosul e a União Europeia e citou acordo fechado com a Colômbia na semana passada. "Estamos tirando barreiras tarifárias e não tarifárias, apoiando nossas empresas com os instrumentos adequados", afirmou. 

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Oportunidades. Também presente no mesmo evento em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu que mesmo que o Brasil não tenha acordos comerciais com determinados países, existem oportunidades a serem exploradas. "Acordos comerciais abrem caminhos, mas por si só não garantem mercados. A ausência de acordos não significa que não há oportunidades a serem exploradas com esses países", comentou. "O Brasil continua firmemente empenhado em ampliar sua rede de acordos comerciais", garantiu.

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