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‘Broadcast’ premia empresas abertas

BB Seguridade lidera o ranking da 15ª edição do prêmio, seguida por Cetip e BRF

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Por Redação
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Previsibilidade de resultados, foco em longo prazo e resistência à instabilidade econômica. Esses são pontos em comum nas estratégias das vencedoras do ‘Prêmio Broadcast Empresas’, ranking de companhias de capital aberto da Agência Estado elaborado em parceria com a Economatica, referente ao ano de 2014.  O levantamento, que chega à sua 15ª edição, mostra que fez bom negócio na Bolsa o investidor que elegeu empresas menos vulneráveis, independentemente de porte ou setor, mas com sólido histórico operacional e capacidade de reagir rapidamente às adversidades. A vencedora foi a BB Seguridade, que explora um segmento de potencial no Brasil, o de seguros, ancorada na rede do Banco do Brasil. Novata do ranking após abrir o capital em 2013, a companhia também leva o prêmio especial Novo Mercado, destacando-se entre as listadas no mais alto nível de governança corporativa da Bolsa brasileira.  “A baixa penetração do seguro no País dá conforto e possibilidade de continuarmos avançando mesmo que a economia não cresça”, diz o presidente da BB Seguridade, Marcelo Labuto.  A segunda colocada, Cetip, conseguiu até elevar o porcentual de distribuição de dividendos aos acionistas num ano em que tantas empresas fecharam com prejuízo e que o Ibovespa ficou negativo, em 2,9%. A BRF, em terceiro lugar, ajustou o foco e reforçou a expansão internacional, o que agradou ao mercado e também lhe garantiu vencer a categoria especial de Sustentabilidade do ranking.  “Essas empresas servem como modelo de competência para o mercado brasileiro de renda variável, ainda em um ano especialmente desafiador, como foi 2014”, afirma o diretor geral da Agência Estado, Daniel Parke.

Para 2015, a cautela prevalece. As empresas vencedoras enxergam um cenário difícil, em que novamente testarão sua flexibilidade de gestão. Mas, as companhias se consideram preparadas. Com a diversificação implantada em 2014, se uma área de negócio hoje enfrenta incertezas, há outra para compensar o fluxo de receitas. “O ranking confirma as apostas dos investidores em empresas de baixo risco e lucratividade acima da média”, avalia o presidente da Economatica, Fernando Exel. “Para defender esse lucro, as companhias vencedoras criam colchões de proteção contra as variações no dia a dia.” Um exemplo disso é a Cetip, segunda colocada no ranking, que procura diversificar negócios, com o desenvolvimento de novos produtos e plataformas. “Os novos produtos permitirão o crescimento na casa de dois dígitos por ano”, revela o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cetip, Willy Jordan. Para a BRF, a receita para driblar os desafios de 2015 “é estar onde o consumo irá crescer”, avalia o diretor vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da companhia, Augusto Ribeiro Júnior. Daí os planos de expandir operações no Oriente Médio e na Ásia. A Odontoprev, quarta colocada no ranking geral e vencedora da categoria especial Small Cap pela segunda vez consecutiva, também adota estratégia para mitigar os efeitos da contração no número de clientes no nicho das grandes corporações. A operadora de planos dentais olha para o potencial do segmento de pequenas e médias empresas. “O cenário atual é mais adverso e difícil. A resiliência do segmento e a ampliação dos canais de vendas, porém, são ferramentas valiosas para impulsionar os resultados neste ano”, diz o presidente da operadora, Mauro Figueiredo.Edição. Neste ano, o Prêmio Broadcast Empresas teve participação de 197 empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e selecionadas por registrar patrimônio líquido acima de R$ 10 milhões, divulgado seus balanços no prazo previsto em lei e estar em dia com os credores no período analisado.  A metodologia avalia sete indicadores que fazem parte do dia a dia dos investidores e profissionais do mercado financeiro. As menores pontuações representam as melhores posições.  Dessa forma, a primeira colocada em liquidez, por exemplo, recebe a nota 1. Para chegar ao resultado final, é feita uma média simples de todos os pontos obtidos nos sete critérios: a variação da rentabilidade patrimonial; pagamento de dividendos em relação ao patrimônio; índice preço/lucro (PL); preço/valor patrimonial da ação (P/VPA); oscilação da ação; volatilidade da ação; e liquidez. Cada empresa é representada pela sua ação mais líquida (ON ou PN). / LUANA PAVANI, ALINE BRONZATI, FERNANDA GUIMARÃES E RENATO OSELAME

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