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BTG Pactual e UBS apostam em batalha jurídica em torno do plano de recuperação da OI

Analistas afirmam que tanto acionistas quanto a Anatel devem questionar judicialmente o voto a favor do plano

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

As ações da Oi devem seguir operando com volatilidade de preços, dada a grande chance de a aprovação do plano de recuperação em assembleia de credores da companhia ser seguida por uma batalha jurídica. Analistas do BTG Pactual e do UBS afirmam que tanto acionistas quanto a Anatel devem questionar judicialmente o voto a favor do plano, ainda que tenha obtido praticamente unanimidade nas quatro classes de credores.

Uma eventual contestação da Anatel sobre o resultado da assembleia é também esperada pelos analistas do BTG Pactual. Foto: Nacho Doce/Reuters - 14/11/2014

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"Nelson Tanure, um dos maiores acionistas da tele, questionará muitos aspectos do processo", dizem os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, do BTG Pactual. Entre eles, o fato de o plano não ter sido aprovado pelo conselho de administração da companhia, assim como o aumento de capital de R$ 4 bilhões e o prêmio pago aos credores subscritores do mesmo, apontam os analistas.

Uma eventual contestação da Anatel sobre o resultado da assembleia é também esperada pelos analistas do BTG Pactual, já que seu voto contrário justifica-se na legislação presente, que proíbe corte no valor da dívida da empresa com a União.

++ Anatel e AGU devem recorrer contra plano de recuperação judicial da Oi

Para os analistas Richard Dineen e Maria Tereza Azevedo, no entanto, a Anatel tem demonstrado interesse em uma solução de mercado para a Oi, o que deixa dúvidas sobre como se posicionará ainda que tenha votado contra o plano de recuperação desenhado pela companhia.

Governança. Os analistas do BTG Pactual consideram que o novo plano ajustado durante a assembleia segue oferecendo desafios importantes do ponto de vista de governança e que considerando o valor presente da dívida da empresa o haircut implícito na proposta numa nova companhia é inferior a 36% para os credores detentores de bônus da companhia, enquanto a posição dos acionistas seria de R$ 4,8 bilhões, significando um ganho de 96% do valor atual das ações.

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