A prorrogação da análise da fusão entre as gigantes da educação Kroton e Estácio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) causou uma forte queda nas ações de ambas as empresas na B3, a bolsa paulista, nesta segunda-feira, 5. O papel ordinário da Estácio teve queda de 7,02% (para R$ 15,90), enquanto os da Kroton, da mesma categoria, tiveram recuo de 3,19% (fechando a R$ 13,65).
Com a decisão, o caso poderá ser avaliado no Tribunal do órgão no limite máximo previsto na legislação de defesa da concorrência, de 330 dias – inicialmente, a decisão sobre a fusão deveria ocorrer até 28 de junho. Agora, poderá ocorrer até 27 de julho. A decisão sobre a extensão foi da conselheira do caso, Cristiane Alkmin Schmidt.
Conforme informou o Estadão/Broadcast na última semana, o Cade endureceu as restrições à operação. Segundo fontes, o órgão ampliou o rol de ativos que terão que ser vendidos – a nova empresa terá de se desfazer, por exemplo, de 1 em cada 10 alunos no ensino presencial. Além disso, o tribunal pretende impor metas de qualidade para cursos do novo grupo.
O acordo entre as empresas prevê que Kroton e Estácio podem desistir da fusão caso a obrigação de desinvestimento ou venda de ativos resulte em redução de mais de 15% da receita líquida anual combinada.