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Caixa precisa vender ativos para evitar pedir ajuda ao governo em 2018, diz Occhi

Banco também quer reduzir o dividendo obrigatório que precisa pagar ao governo federal

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Por Redação
Atualização:
Banco diz que não precisa de capital em 2016 e 2017 Foto: Estadão

O banco estatal brasileiro Caixa Econômica Federal precisa vender ativos e cortar dividendos, se deseja evitar que tenha de pedir ao governo uma injeção de capital em 2018, afirmou o novo presidente da instituição, Gilberto Occhi, em entrevista ao Wall Street Journal. Occhi disse que o banco provavelmente não precisará de capital neste ano nem no próximo.

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"Nós estamos adotando uma série de medidas para reduzir a probabilidade de que precisemos de capital do governo (em 2018)", afirmou Occhi, entre elas uma negociação para reduzir o dividendo obrigatório que a Caixa precisa pagar ao governo federal. O banco também avalia a venda de sua divisão de loterias e outros ativos para melhorar seu balanço, no momento em que lida com a deterioração na qualidade dos empréstimos e com exigências de capital mais duras previstas nos chamados Acordos de Basileia III.

Embora a Caixa seja rentável, a forte recessão do Brasil pesou sobre o banco, que havia ampliado muito seus empréstimos antes da crise. Os empréstimos inadimplentes têm aumentado nos últimos trimestres, enquanto a receita líquida teve forte recuo. O nível de alavancagem do banco, uma medida de sua força financeira, recuou para 12,78% no fim do segundo trimestre. Esse nível fica abaixo dos 14% de igual período de 2015 do próprio banco e é também muito inferior a seus concorrentes do setor privado.

Occhi não descartou a necessidade de uma injeção de capital em 2018. "Nós precisamos avaliar o cenário, ver se o governo concordará em reduzir o dividendo e também o avanço de nossos planos de vendas de ativos", disse ele. "Isso também depende do mercado, de como a economia se comportará no próximo ano."

A Caixa espera um crescimento mais lento do crédito neste ano e no próximo e também busca reduzir o nível de empréstimos inadimplentes.

(As informações são da Dow Jones Newswires)

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