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Celular 4G promete banda ultralarga

Qualidade e capacidade do acesso à internet é próximo da fibra óptica

Por Ethevaldo Siqueira
Atualização:

DALLAS - Imagine um celular que permita baixar e transmitir dados a velocidades superiores a 50 ou 100 megabits por segundo (Mbps), com um desempenho que se aproxima do acesso via fibra óptica à internet, tanto em qualidade quanto em capacidade, e que possibilita o acesso a novos serviços como televisão digital e videoconferência de âmbito nacional e internacional.

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Assim será a quarta geração (4G) do celular. E, para as maiores operadoras e fabricantes, esse sonho não está distante, pois, em menos de cinco anos, ela deverá estar disponível na maioria dos países. Embora ainda em fase incipiente, o mundo vive hoje o período de transição entre a terceira geração (3G) e a quarta, conhecido pelo nome genérico de Evolução de Longo Prazo, ou LTE (sigla em inglês de Long Term Evolution).

Embora previsto inicialmente para durar cerca de dez anos ou até 2020, é possível que o mundo experimente bem antes o grande salto dos serviços conhecidos como 4G-LTE.

A grande surpresa é, portanto, a antecipação de tudo que se esperava para 2015, mas que começa a chegar nos Estados Unidos e na Europa neste ano. O que o Estado apresenta aqui são as perspectivas mundiais da banda ultralarga e da tecnologia 4G-LTE debatidas em dois eventos recentes - 4G World 2011, em Chicago, em outubro, e o LTE North America 2011, em Dallas, na semana passada.

Nos Estados Unidos, as três maiores operadoras - Verizon, AT&T e Sprint - já antecipam a chegada da nova tecnologia de quarta geração.

A AT&T comunicava, no domingo passado, em anúncio de página inteira do jornal New York Times, o início de seus "serviços 4G-LTE, com velocidades até 10 vezes maiores do que as de 3G". Mas a quarta geração só estará disponível em alguns pontos dos Estados Unidos.

Para os especialistas, num horizonte de 5 a 8 anos, os serviços 4G-LTE não só deverão oferecer velocidades muito superiores às da atual terceira geração (3G), mas também proporcionar uma ampla gama de novos serviços interativos de computação móvel, mobile-commerce e multimídia-móvel.

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Setecentos milhões. Um estudo denominado A quarta geração (4G) cria oportunidades para os atores de todos os ecossistemas, apresentado no evento 4G World 2011, em Chicago, pela consultoria Yankee Group, prevê que o mundo deverá saltar dos a atuais 31 milhões de assinantes de smartphones 4G-LTE para cerca de 700 milhões, em 2015.

Isso significa que a base de smartphones instalada no mundo deverá crescer a uma taxa anual composta de 33%, entre 2010 e 2015.

Diversos outros estudos mostram também que o consumo de vídeo móvel está crescendo rapidamente. Mais de 40% dos usuários de smartphones nos Estados Unidos, no Reino Unido e na França já assistem a vídeos em seus dispositivos móveis pelo menos uma vez por semana.

E o fato mais interessante revelado pelo estudo é que 40% dos europeus classificam o acesso móvel à internet como uma das três coisas mais importantes ao escolher seu smartphone ou tablet.

Para os especialistas, essa mesma expectativa deverá ocorrer entre os consumidores brasileiros dentro de dois ou três anos.

As pessoas, entretanto, praticamente desconhecem o que é a quarta geração ou as siglas 4G-LTE. Quase 60% dos usuários não têm a menor ideia do que são os serviços de 4G. Para eles, os smartphones do futuro ainda são quase ficção.

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