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Centrais atrasam hoje início do trabalho em montadoras

Paralisação em vários Estados é um preparativo para a greve geral marcada para sexta-feira em todo o País

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Centrais sindicais e sindicatos de metalúrgicos pretendem atrasar na manhã de hoje a entrada de trabalhadores em pelo menos uma hora em 11 montadoras de veículos de vários Estados. O movimento é um preparativo para a paralisação nacional marcada para sexta-feira.

A ideia é aproveitar o período de paralisação para expor a visão das centrais sobre a reforma trabalhista e a terceirização.“A reforma trabalhista que está sendo proposta é altamente prejudicial aos trabalhadores. Ela muda os paradigmas da negociação coletiva, incentiva o trabalho temporário e a ‘pejotização’, e desvaloriza os salários”, diz, em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.

Sindicato dos Metalúrgicos, que representa trabalhadores do setor automotivo, é contrário à reforma trabalhista Foto: Nacho Doce/Reuters

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Promovem o protesto hoje as centrais CUT, Força Sindical, CTB, CSP-Conlutas e Intersindical. As fábricas que deverão ter o início das jornadas atrasadas em São Paulo são Scania, Ford, Mercedes-Benz e Volkswagen (São Bernardo do Campo), Toyota (Sorocaba), Volkswagen (São Carlos) e Ford (Taubaté). Em Santa Catarina, a ação será nas fábricas da GM (Joinville) e BMW (Araquari). Também há protestos agendados na unidade da Mercedes-Benz em Juiz de Fora (MG) e da Fiat/Jeep em Goiana (PE).

Na sexta-feira, as oito centrais que organizam uma greve geral contra a terceirização e as reformas trabalhista e da Previdência contam com a adesão de diversas categorias, como metroviários, motoristas de ônibus, metalúrgicos e professores das redes pública e privada. 

Pilotos e comissários de voos podem engrossar a lista. Em assembleias ontem, foi aprovado estado de greve pela categoria em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Brasília e Campinas. Novas assembleias serão realizadas quinta-feira para deliberar sobre a paralisação, caso não haja recuos no texto do projeto da lei trabalhista, informa o Sindicato Nacional dos Aeronautas/ COLABOROU VICTOR AGUIAR