PUBLICIDADE

Publicidade

Centrais mudam o tom e já falam em 'mobilização' em vez de 'greve geral'

Manifestação convocada para a próxima sexta-feira, 30, até agora só tem adesão confirmada por metroviários, que dizem que vão cruzar os braços ao longo de todo o dia

Por Ana Carolina Neira , Jéssica Alves e Ricardo Rossetto
Atualização:

Já esperando por uma mobilização menor do que a registrada na última greve geral, que aconteceu no final de abril, os sindicatos de categorias e as centrais sindicais baixaram o tom e, agora, chamam a manifestação convocada para a próxima sexta-feira, 30, como "dia de mobilizações e de paralisações".

Dos setores ligados ao transporte público, que tradicionalmente trazem maior impacto ao cotidiano das cidades, apenas os metroviários anunciaram que vão aderir à greve Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Com o intuito de protestar principalmente contra os projetos de reforma trabalhista e da Previdência, a manifestação foi convocada logo após a greve geral de 28 de abril e contou com forte adesão de setores chaves, como o de transportes públicos e educação, nas principais cidades do País.  

Dessa vez, apenas os metroviários já anunciaram que vão aderir à greve. Segundo comunicado publicado na página de internet do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo, a paralisação da categoria será durante todo o expediente, das 4h40 de sexta-feira à 0h de sábado.

Os motoristas de ônibus e os ferroviários, da CPTM, ainda não têm um posicionamento.

De acordo com o presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), Celso Napolitano, a entidade orienta que os docentes participem do movimento. "Aqueles que tiverem condições, devem participar das manifestações na Avenida Paulista. Já os professores que ainda precisam dar aula são orientados a entrar em greve", conta.

Na União Geral dos Trabalhadores (UGT), o presidente Ricardo Patah confirma manifestações pelo Brasil, mas a mobilização não está sendo tratada como uma greve geral, como foi no dia 28 de abril.

Os sindicato dos bancários e o dos metalúrgicos do ABC ainda aguardam assembleia, até a próxima quarta-feira, 28, para anunciar sua adesão ou não.

Publicidade

Motoristas de ônibus da capital paulista não devem parar. Segundo um funcionário do sindicato, "não há discussões internas nesse sentido, nem assembleias previstas".

Acordo. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que a central aderiu à paralisação de sexta-feira. Sem chamá-la de "greve geral", segundo ele por um acordo entre os dirigentes, Juruna disse que todas as categorias representadas pela central foram convocadas para as manifestações em diversas capitais do País.

A lista com todas as categorias que irão aderir ao movimento deverá ser divulgada na quarta-feira, 28. Por enquanto, estão confirmados os metalúrgicos e profissionais da áreas têxtil e vestuário.

A CUT, e seus sindicatos integrantes, também confirma que participará da paralisação, mas não diz em que nível.

Abril. A última greve geral, que aconteceu no dia 28 de abril, afetou a rotina de cidades em todos os Estados. Com a adesão dos trabalhadores do setor de transportes, as ruas, principalmente das grandes cidades, ficaram vazias. Em São Paulo, os índices de congestionamento ficaram bem abaixo da média.

As avaliações sobre o movimento foram divergentes. O governo fez questão de afirmar, desde o início do dia, que a greve tinha adesão menor do que a esperada. As centrais sindicais, porém, asseguram que aquela foi a maior greve já registrada no País.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.