A economia da América Latina e do Caribe crescerá cerca de 2,2% em 2014, nível abaixo do cálculo anterior, por um desempenho pior do Brasil e do México, em meio ao menor dinamismo da demanda interna e externa da região, projetou nesta segunda-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). A nova estimativa da Cepal é menor que a expansão de 2,7% prevista em abril.
Na revisão para baixo, o desempenho menor previsto para o Brasil, a maior economia do bloco, teve um impacto especial. A previsão para o Brasil é de um crescimento de 1,4% neste ano, ante uma estimativa anterior de 2,3%, desempenho idêntico ao de Cuba e apenas superior ao da Argentina (0,2%) e da Venezuela (queda de 0,5%), entre as economias relevantes.
O México, a segunda maior economia da região, crescerá 2,5% em 2014, uma queda ante uma estimativa anterior de 3%. Panamá (6,7%) e Bolívia (5,5%) devem apresentar os melhores desempenhos, na avaliação da Cepal.
Ainda assim, a projeção da Cepal para a economia brasileira é mais otimista do que a dos analistas do mercado financeiro. Na pesquisa Focus, do Banco Central, a previsão de crescimento do PIB em 2014 recuou pela décima vez seguida, passando de 0,90% para 0,86%.
Segundo a Cepal, o dinamismo menor da América Latina é explicado pela "fraqueza da demanda externa, baixo dinamismo da demanda interna, investimentos insuficientes e um espaço limitado para a implementação de políticas que impulsionem uma retomada".
(Reuters e Agência Estado)