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Cereja eletrônica ajuda a melhorar a qualidade da fruta

Equipamento com memória registra impactos durante o transporte e ajuda a aperfeiçoar processo produtivo

Por Economia & Negócios
Atualização:

SÃO PAULO - Engenheiros criaram uma cereja eletrônica para ajudar a melhorar a qualidade das frutas produzidas no Vale do Jerte, na Espanha. Embora não sirvam para comer, elas vão ajudar a tornar mais saborosas das cerejas produzidas no país. Os engenheiros do departamento de Eletrônica e Engenharia Eletromecânica da Universidade de Extremadura criaram a e-cereja com o objetivo registrar os impactos que as frutas sofrem durante o processo de classificação e distribuição, quando rolam por esteiras transportadoras. Muitos frutos são deteriorados, segundo os pesquisadores Rafael Leal e José Manuel Mangas, pelas mudanças de velocidade nas esteiras de transporte com extensão de até 20 metros. Eles desenvolveram as cerejas eletrônicas a pedido das cooperativas de produtores. Com as versões eletrônicas das frutas, os produtores vão poder estudar medidas que reduzam o impacto causado pelo transporte até as indústrias processadoras, melhorando a qualidade e a lucratividade. A réplica de cereja foi desenhada a partir de um projeto de investigação anterior, também gerado nos laboratórios da Universidade de Extremadura, e que consistia em criar um fruto eletrônico do tamanho de uma laranja. O protótipo original foi melhorado até chegar à e-cereja. Rafael Leal e José Manuel Mangas conseguiram integrar no interior da fruta eletrônica diferentes componentes tecnológicos: memória, micro-controlador e um acelerômetro, que serve para medir as mudanças de velocidade nas fitas transportadoras. Os dados são posteriormente transferidos para computadores para serem interpretados com um software especial. A cereja eletrônica funciona com uma pilha recarregável e deverá ser comercializada para produtores de frutas com a marca 'Coveless'.

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