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China se torna maior importador de petróleo

País ultrapassou os EUA, que lideravam o ranking mundial desde meados dos anos 70

Por LONDRES
Atualização:

A China ultrapassou os Estados Unidos como maior importador líquido de petróleo do mundo. Trata-se de uma mudança histórica que deverá mexer com a geopolítica dos recursos naturais no mundo, informa o 'Financial Times' na sua edição online. Os EUA têm sido o maior importador líquido de petróleo desde meados dos anos 1970, o que influenciou a política externa de Washington na direção dos países ricos em petróleo, como Arábia Saudita, Iraque, Venezuela, Nigéria e a região do mar Cáspio. A mudança entre China e Estados Unidos, entretanto, ainda é preliminar. O mercado de energia vai aguardar mais dados mensais antes de confirmar a troca de posição entre os dois países no ranking de importação global de petróleo, em parte porque razões tributárias podem ter distorcido as estimativas de importações líquidas em dezembro.Tradicionalmente, as empresas petrolíferas dos EUA reduzem suas compras líquidas de petróleo no fim do ano para diminuir seus estoques e, dessa forma, suas despesas com impostos, observa o FT.As importações líquidas de petróleo dos EUA - que incluem petróleo bruto e derivados refinados - caíram em dezembro para 5,98 milhões de barris/dia, o menor volume desde fevereiro de 1992, de acordo com dados preliminares do Departamento de Energia dos EUA. No mesmo mês, as importações líquidas de petróleo da China subiram a 6,12 milhões de barris/dia, segundo informações oficiais do país. Inflação. Manter a inflação controlada continua a ser o principal objetivo do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país), segundo declarações de Yi Gang, vice-presidente da instituição, à rádio estatal chinesa. "Nesse estágio de desenvolvimento da China, espero que manter a inflação em um nível modesto seja o principal objetivo do PBOC", disse Yi. "O banco central vai continuar mantendo a inflação em um nível relativamente baixo", acrescentou.A inflação na China provavelmente vai se acelerar neste ano, mas o PBOC ainda está confiante de que poderá manter o aumento dos preços sob controle, disse Yi. Uma fonte do banco central afirmou ontem que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país deverá subir cerca de 3% neste ano, depois de avançar 2,6% em 2012.As autoridades chinesas estão seguindo adiante com a liberalização da taxa de juros, segundo Yi, que observou que o processo precisa de tempo. "Não é possível que a liberalização da taxa de juros seja alcançada imediatamente", disse Yi.Apesar de Yi não ter fornecido detalhes sobre o assunto, os órgãos reguladores da China estão preocupados com a possibilidade de a liberalização da taxa de juros reduzir os lucros dos bancos e prejudicar alguns bancos pequenos. Atualmente a China não tem seguro de depósitos, mas planeja criar tal sistema para proteger os depositantes no caso de falência de um banco. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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