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Cigarros da Philip Morris têm reajuste médio de 12%

Item deve pressionar inflação; aumento segue altas da concorrente Souza Cruz, realizadas em novembro e dezembro

Por Maria Regina Silva
Atualização:

SÃO PAULO - A Philip Morris anunciou um reajuste médio de 12% nos preços dos cigarros fabricados pela empresa, a partir desta terça-feira, 14. O aumento segue as altas de 14% promovidas pela concorrente Souza Cruz em duas etapas - novembro e fim de dezembro, de acordo com a região do País. O reajuste deve pressionar ainda mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já que o item cigarros tem peso de cerca de 1%. Em todo o ano passado, a inflação do produto foi de 15,33%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No IPCA de dezembro, que fechou em 0,92%, os cigarros tiveram variação positiva de 0,57%, refletindo os aumentos da Souza Cruz. Cálculos da LCA Consultores mostram que o impacto do reajuste da Philip Morris deve ser de 0,03 ponto porcentual no IPCA de janeiro, ficando outro 0,03 ponto para o índice fechado de fevereiro. No total, os aumentos acumulados das duas fabricantes sobre a inflação deste mês deve ser de aproximadamente de 0,07 ponto porcentual, conforme o analista Étore Sanchez. A expectativa da consultoria é de que o IPCA encerre janeiro em 0,70% e fevereiro em 0,79%. "Com o aumento (da Philip Morris), o item Fumo deve apresentar variação de cerca de 7% no IPCA de janeiro e de 3% no índice de fevereiro", estimou Sanchez, acrescentando que o ciclo de reajustes de 2012/2013 é equivalente ao promovido em 2013/2014.Ações. A despeito dos reajustes recentes, a Bradesco Corretora reduziu o preço-alvo da ação da Souza Cruz, de R$ 32,00 para R$ 29,00. Um dos motivos alegados é o avanço médio de 13% do comércio ilícito de cigarros. Ainda assim, a instituição mantém a ação da fabricante brasileira como sua top pick para 2014.

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