PUBLICIDADE

Citigroup ganha disputa judicial em batalha pelo Wachovia

O Citigroup e o Wells Fargo & Co. estão lutando pelo controle do sexto maior banco dos EUA

Por DAN WILCHINS
Atualização:

O Citigroup Inc informou que ganhou uma ação judicial na noite de sábado, impedindo o Wells Fargo & Co. de comprar o banco norte-americano Wachovia Corp, até que o tribunal decida o contrário. Veja também: Bush sanciona lei que prevê US$ 700 bilhões contra a crise Aprovação do pacote protege o povo americano, diz Paulson Aprovação demonstra compromisso do governo, diz Bernanke Recurso extra reduz impopularidade de plano, diz economista Crise afetará neoliberalismo, dizem analistas Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Entenda o pacote anticrise que passou no Senado dos EUA A cronologia da crise financeira  Veja como a crise econômica já afetou o Brasil Entenda a crise nos EUA   O Citigroup, que planejava comprar ativos bancários do Wachovia por US$ 2,2 bilhões, afirmou que o juiz Charles Ramos, da Suprema Corte de Justiça de Nova York, concedeu um mandado de segurança estendendo o acordo com a Wachovia para negociar exclusivamente com o Citigroup. O Citigroup e o Wells Fargo & Co. estão lutando pelo controle do sexto maior banco dos EUA, que foi atingido severamente pela turbulência no mercado global de crédito, causada pela crise das hipotecas, mas possui uma ampla rede de filiais. O Citigroup, maior instituição bancária norte-americana, anunciou na segunda-feira que tinha concordado em comprar as operações bancárias do Wachovia em uma negociação apoiada pelo governo dos EUA. A transação não inclui um acordo de fusão, porém a Wachovia assinou um documento se comprometendo a negociar apenas com o Citigroup até o dia 6 de outubro. Na sexta-feira, entretanto, o Wells Fargo disse que tinha firmado um acordo para comprar todo o Wachovia, incluindo a unidade de gestão de ativos e operações minoritárias, por cerca de 15 bilhões de dólares. O Wachovia declarou na manhã de domingo que acredita que o acordo com o Wells Fargo é válido e oportuno, e irá favorecer os acionistas, empregados e contribuintes do país. "O Citigroup sempre pode fazer uma oferta superior ao Wachovia", alegou a porta-voz Christy Phillips-Brown. O Citigroup disse em um comunicado que está preparado para continuar negociando com o Wachovia, mas que o mesmo não poderia falar com outros. Alguns advogados acreditam que o Citigroup pode ter um caso real, destacando o acordo de exclusividade e o fato de que o banco proporcionou suporte financeiro ao Wachovia na semana passada. "Estes são claramente fatos sólidos por parte do Citi", declarou Morton Pierce, diretor do grupo de fusões e aquisições na firma de advocacia Dewey & LeBoeuf, na sexta-feira. A Dewey & LeBoeuf não está representando nenhuma das partes envolvidas na transação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.