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Coleção outono-inverno impulsiona inflação semanal

Segundo André Braz, economista da FGV, dentro do grupo Vestuário, o item roupas passou de queda de 1,07% para elevação de 1,08%

Por Agencia Estado
Atualização:

A entrada da nova coleção outono-inverno nas lojas foi a responsável pela maior inflação semanal desde a primeira semana de fevereiro. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas André Braz, comentando a alta de 0,30% da taxa medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de até 7 de abril. Na passagem do IPC-S de até 31 de março para o último indicador, os preços de Vestuário passaram de queda de 1,10% para alta de 0,56%. No mesmo período, os preços do sub item roupas saíram de queda de 1,07% para elevação de 1,08%. "Mas era uma coisa que todo mundo esperava; os preços das roupas sempre sobem, em um primeiro momento, quando uma nova coleção entra nas lojas", comentou. Alimentos Segundo Braz, outro fator que contribuiu para a aceleração da inflação foi a perda de fôlego na deflação dos preços dos alimentos, que, na passagem de uma semana para outra, estavam com deflação de 0,32% e passaram para uma queda de 0,21%. Entretanto, Braz considerou que essa perda de força na queda dos alimentos foi influenciada por aceleração em itens com preços variáveis, como hortaliças e legumes, que passaram de queda de 0,18% para alta de 1,67%; e queda menos intensa nos preços de frutas, que tinham deflação de 2,84% e retraíram 2,08% na última semana. "Ainda há muitos alimentos em deflação. Dos 21 itens alimentícios, 13 estão com taxa negativa", disse. O economista observou que a aceleração na taxa do IPC-S não é preocupante, visto que foi influenciada por fatores passageiros. Para ele, são elevações que provavelmente não se sustentam, em futuras apurações do indicador, e não representam sinal de descontrole de preços na inflação do varejo.

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