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Com alta do dólar, Azul planeja reduzir oferta de voos em 10%

O número de decolagens diárias previstas para abril deve passar de 840 para 760, segundo uma fonte próxima à empresa

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Por Redação
Atualização:

A Azul planeja reduzir em 10% sua oferta de voos a partir de abril para enxugar custos operacionais, disse uma fonte com conhecimento no assunto. Das 840 decolagens diárias inicialmente previstas para o mês que vem pela Azul, a companhia planeja operar com cerca de 760. A disparada recente do dólar aumentou as despesas da terceira maior companhia aérea do Brasil e de suas rivais domésticas, com combustível e leasing de aeronaves. Apesar da forte queda recente do valor do petróleo no exterior, as empresas aéreas levam algum tempo para sentir os benefícios dessa variação no querosene de aviação, porque elas têm contratos de preços de combustível que são feitos para meses. "O impacto do dólar alto é imediato, o efeito da queda do petróleo no combustível demora", disse a fonte. Nos últimos seis meses, o preço do petróleo tipo Brent caiu mais de 40%, sendo cotado atualmente na faixa dos US$ 55 por barril. Já a moeda norte-americana acumula valorização de cerca de 35% ante o real nesse período. O ajuste nas rotas da Azul envolverá também sua recente entrada no mercado de viagens internacionais. O plano de ter, a partir de maio, uma segunda frequência diária para Orlando, nos EUA, foi momentaneamente abortado. Procurada, a Azul não comentou o assunto. A redução de voos pela Azul acontece na esteira do adiamento da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa. Protocolada em dezembro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a análise da operação teve o pedido postergado até 29 de maio, por causa das condições adversas do mercado. Internamente, o fundador e presidente do Conselho de Administração da Azul, David Neeleman, tem tentado tranquilizar os funcionários, dizendo que a empresa não depende dos recursos de um IPO para continuar crescendo. Essa é a terceira tentativa da Azul de emplacar o IPO. Nas duas primeiras, uma em 2013 e outra no início de 2014, os planos foram suspensos também por causa do cenário econômico. Apesar do ajuste na malha a partir de abril, a Azul tem mantido o plano de crescimento. Neste mês, por exemplo, a empresa incorporou mais três aeronaves ATR, usadas para aviação regional, de acordo com a fonte. Fundada em 2008, a Azul alcançou em menos de três anos a terceira colocação no ranking das maiores empresas aéreas do País, / REUTERS

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