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Com superávit de US$ 4,4 bi, balança comercial tem o melhor março desde 1989

O resultado expressivo foi sustentado por uma queda nas importações de 30% em relação a março do ano passado

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Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:
No ano, o saldo comercial acumula resultado positivo de US$ 8,398 bilhões Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO

BRASÍLIA - Com queda expressiva nas importações e recuo menos intenso nas vendas ao exterior, a balança comercial brasileira registrou em março um superávit de US$ 4,435 bilhões, o maior para o mês na série histórica, que tem início em 1989. No mesmo mês do ano passado, o resultado foi superavitário em US$ 460 milhões.

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O montante acumulado no mês passado é resultado de exportações que somam US$ 15,994 bilhões e importações de US$ 11,559 bilhões. O superávit expressivo foi sustentado por uma queda nas importações de 30% em relação a março do ano passado, ocasionada pela retração da atividade econômica. Houve recuo também nas exportações, de 5,8%.

No ano, o saldo comercial acumula resultado positivo de US$ 8,398 bilhões - em 2015, foi registrado um déficit de US$ 5,549 bilhões nesse período. No primeiro trimestre, as exportações somaram US$ 40,585 bilhões, queda de 5,1%. As importações somaram US$ 32,186 bilhões, queda de 33,4%.

O superávit recorde foi alcançado apesar de uma queda disseminada em vários setores, afirmou o diretor de Estatística do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão. Houve queda nas vendas de produtos como combustíveis e lubrificantes (40,8%), bens de consumo (31%) e bens de capital (26,8%). 

Pelo lado das exportações, há uma expectativa de encerrar o ano com aumento em relação ao ano passado. Até março, há uma queda de 5,1% no total exportado. "Esperamos fechar o ano com crescimento nas exportações e suavizar a queda nas importações", afirmou. 

Brandão destaca que os volumes exportados estão crescendo e deverão ser recordes neste ano, mas, apesar da recuperação nos últimos meses, ainda há uma queda nos preços de produtos importantes na pauta brasileira, como minério de ferro e petróleo. 

Brandão projeta um aumento no total exportado de soja em relação ao ano passado, quando foram embarcados 54 milhões de toneladas. 

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Também houve aumento neste ano nas vendas de veículos ao exterior em março (17%), principalmente para países com os quais o Brasil tem acordos comerciais no setor, como México, Argentina e Colômbia. 

A previsão do MDIC para o saldo comercial neste ano foi mantida em US$ 35 bilhões. No primeiro trimestre, o saldo é positivo em US$ 8,398 bilhões.

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