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Confiança do consumidor está em declínio, aponta FGV

Por Agencia Estado
Atualização:

A confiança do consumidor brasileiro está em declínio. Essa é a principal conclusão da 17ª Sondagem das Expectativas do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo o coordenador Aluísio Campelo. O economista explica que a percepção sobre o momento presente dos consumidores piorou pelo terceiro mês consecutivo e as expectativas para o futuro próximo não avançaram com relação ao mês anterior. Campelo explicou que essa deterioração reflete os efeitos da política monetária que desacelerou a atividade econômica e deve gerar impacto também no emprego. Além disso, ele avalia que o consumidor deve estar sendo influenciado pelo noticiário que dá conta que a economia do País deverá crescer esse ano abaixo do ano passado, e enfrenta alguns dilemas como a política monetária restritiva de um lado e políticas expansionistas como as de crédito e fiscal. Trabalho - A evolução do mercado de trabalho é um dos principais focos de preocupação do consumidor brasileiro, conforme sondagem realizada em abril, quando analisa o cenário nos próximos seis meses. As expectativas com relação ao trabalho pioraram pela quarta vez consecutiva, desde o fim do ano passado, e, agora, apenas 7,1% das pessoas ouvidas acredita que será "mais fácil" conseguir emprego nos próximos seis meses - menor taxa desde o início da pesquisa, em outubro de 2002. O levantamento mostra que de março para abril subiu de 49,4% para 55,4% a parcela que considera que será "mais difícil" conseguir trabalho, enquanto a parcela que acha que será "mais fácil" encolheu de 9,2% para 7,1%. Para efeito de comparação, estas duas parcelas eram bem maiores em janeiro deste ano, de 14% e 45,4%, respectivamente. Em paralelo, a fatia dos que acreditam que a situação da família será "melhor" encolheu de 54,7% para 51,6%, entre março e abril. E a fatia dos que acreditam que será "pior", subiu de 7,1% para 8,0%. O maior crescimento se deu dentre o grupo que acredita que a situação familiar será "igual", passando de 38,2% para 40,4%.

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