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Conflito precipita saída de Arthur Badin do Cade

Por AE
Atualização:

A desistência do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, de concorrer a um novo mandato à frente do órgão antitruste foi uma saída honrosa para não enfrentar as resistências que marcam seu mandato desde que assumiu o cargo, há dois anos. As críticas persistem e se intensificaram no período. Badin será o primeiro presidente que não será reconduzido no cargo depois de três antecessores. A notícia de que ele voltará ao setor privado a partir de novembro, quando acaba seu mandato, foi recebida por muitos como um "alívio". Quem trabalha próximo a ele reclama da atuação centralizadora e de dificuldades de relacionamento. Conselheiros que preferem manter o anonimato criticam a falta de trabalho de equipe. Uma fonte da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda diz que seu nome não teria apoio do órgão em uma possível recondução ao cargo. Houve muita insatisfação no ministério quando Badin criticou o governo por fazer os bancos públicos baixarem os juros. Ele alegou que isso poderia desequilibrar a concorrência do setor.Badin avaliou como "especulação" a versão de que seu mandato não será prorrogado porque ainda persistem as resistências à sua atuação no Conselho. Além de motivos familiares, ele alega cansaço. "Estou é com exaustão de ideias e de entusiasmo. Já era a hora." Ele rejeita ser rotulado como alguém com perfil assertivo e de difícil relacionamento. "Não sei de onde vem essa avaliação. Talvez tenha ficado a fama de quando eu era procurador do Cade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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