Publicidade

Congresso não pode ser responsabilizado pelo rebaixamento, diz Eunício

Presidente do Senado diz que conversou com Rodrigo Maia e garante: 'Ninguém pode cobrar o Congresso'

Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner
Atualização:

O presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou que os parlamentares não podem ser responsabilizados pelo rebaixamento da nota do Brasil. Para ele, o governo errou ao não optar por uma reforma da Previdência mais enxuta e concentrou boa parte de sua energia para barrar as denúncias contra o presidente Michel Temer.

PUBLICIDADE

"Neste cenário, a equipe econômica não se movimentou para fazer um debate amplo (sobre a reforma com o Congresso). Foi achar que poderia tirar direito adquirido de trabalhadores rurais, e a discussão ficou em torno disso."++ Denúncias contra Temer pesaram para rebaixamento, diz Maia

Eunício disse ao Estadão/Broadcast que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na noite desta quinta-feira, 11, após o anúncio de que a Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do País de BB para BB-, com perspectiva estável.

Segundo o senador, Maia concorda que o Congresso fez a sua parte. "Nós não faltamos com o governo. Muitas vezes ultrapassamos nossos limites para entregar o que a equipe econômica pedia. Ninguém pode cobrar o Congresso, nem a equipe econômica, nem o governo, porque o Congresso fez além do dever de casa, mesmo com toda crise econômica, ética e política", disse Eunício.

Eunício defendeu atuação do Congresso após rebaixamento da nota soberana do Brasil pela S&P Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O emedebista afirmou que o único item pendente do ano passado entre os pedidos da equipe econômica foi a reforma previdenciária. "Quando o governo e a área econômica encaminharam a reforma, eles mandaram um monstrengo com sei lá quantos artigos, quando na realidade precisava apenas da idade mínima e combate aos privilégios. Além do mais, a Câmara teve que conviver com duas denúncias do presidente", avaliou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.