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Consumidor adia troca de carro

Endividado e com renda menor, cabeleireiro desiste de comprar novo automóvel

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara
Atualização:
Sem dívidas: Paulo Roberto preferiu adotar cautela Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

O cabeleireiro Paulo Roberto Stabile, de 34 anos, separado e pai de dois filhos, desistiu de trocar de carro nos próximos meses. “Pretendo segurar e esperar um pouco mais. Estou bem cauteloso no consumo”, diz ele.

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A cautela de Stabile se deve à mudança no cenário econômico e nas suas finanças. Nos últimos meses, ele observou uma retração entre 30% e 40% no movimento do salão de beleza onde ele trabalha. “Como sou profissional autônomo comissionado, quando o movimento cai, meus rendimentos recuam também.”

Na última sexta-feira, o cabeleireiro foi ao Super Feirão Limpa Nome da Serasa Experian para renegociar uma dívida no cheque especial e conseguiu um desconto significativo. A pendência estava em R$ 1,3 mil e ele conseguiu liquidá-la por R$ 268, mas pagando à vista.

Stabile conta que gastou cerca de dez minutos para renegociar. “Era uma dívida antiga”, diz ele, contraída quando o cabeleireiro mudou de emprego e enfrentou queda nos rendimentos.

Depois da experiência de ter ficado inadimplente, Stabile mudou seus hábitos de consumo. “Antes eu ia trabalhar de carro e agora vou de moto para economizar. Também reduzi as saídas para comer fora.”

Além disso, ele pretende, quando puder, fazer uma poupança. Mas, de imediato, começou a controlar gastos. “Baixei um aplicativo no celular para organizar o orçamento”, conta.

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