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Consumidores esperam inflação de 11% em 12 meses a partir de dezembro

Resultado é 0,9 ponto porcentual superior ao de novembro, de 10,1%, e representa um novo recorde na série histórica

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:
Sentimento de perda de renda influencia na expectativa de inflação Foto: Epitácio Pessoa|Estadão

RIO - O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou em 11% em dezembro. O resultado é 0,9 ponto porcentual superior ao de novembro, de 10,1%, e representa um novo recorde na série histórica iniciada em setembro de 2005. "O resultado reflete uma piora significativa. Se compararmos ao início do ano, observamos um aumento de 3,8 pontos porcentuais das expectativas de inflação em um ano com crescimento negativo do PIB e taxa Selic elevada", afirmou, em nota, o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). Segundo Ferreira, entre os fatores que parecem estar impactando as expectativas são o IPCA de 2015, em torno de 10%, e o sentimento de perda de renda dos consumidores. "Não se espera que a tendência se altere nos próximos meses, mas, com o aprofundamento da crise, é possível que as expectativas se estabilizem ao longo de 2016", completou. Em dezembro, a faixa de renda mais baixa apresentou elevação no indicador superior às demais faixas pesquisadas, ao subir de 10,1% em novembro para 11,6% em dezembro. O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente. A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

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