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‘Consumo da Previdência é muito maior do que qualquer investimento’, diz novo ministro das Cidades

Alexandre Baldy não garantiu que sua nomeação possa dar votos favoráveis ao projeto de reforma do governo

Por Bibiana Borba
Atualização:
A escolha de Baldy no lugar do tucano Bruno Araújo tem sido destacada por interlocutores do presidente como uma escolha que ajuda a organizar parte da base. Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido-GO), que assumiu a pasta há menos de uma semana, reforçou na manhã desta segunda-feira, 27, o discurso do governo para pressionar o Congresso a aprovar a reforma da Previdência. “É um projeto que não é de governo, é de Estado”, disse, em entrevista à rádio CBN. Baldy não garantiu que sua nomeação possa assegurar votos favoráveis à reforma, mas assumiu posição de “levar ao conhecimento dos congressistas a importância” de alterar as regras para aposentadoria no País.

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“Um buraco cresce a cada ano e consome grande parte dos ministérios. O consumo da Previdência é muito maior do que qualquer investimento hoje por parte do governo e dos ministérios”, afirmou.

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Questionado sobre o caráter político de sua escolha para o ministério das Cidades, o goiano disse que “sempre foi mais um gestor do que um político”. “Estou no meu primeiro mandato, sou um empreendedor. Claro que os critérios técnicos foram levados em consideração, mas a questão política também é importante.” Ele também disse que ainda não se filiou ao Partido Progressista (PP), como esperado, e que tem “o foco somente no ministério”.

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Baldy garantiu estar “avaliando e se aprofundando” sobre os projetos realizados pela pasta neste ano antes de decidir se irá redistribuir unidades do Minha Casa Minha Vida. Ele é cobrado por aliados que acusaram seu antecessor, Bruno Araújo (PSDB), de ter beneficiado o Estado de Pernambuco – berço eleitoral do tucano. “É muito apequenado o debate se for levado para o campo político. Temos que avaliar se todos foram atendidos dentro dos critérios de déficit habitacional.”

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O ministro ainda destacou o Minha Casa Minha vida como “um dos projetos sociais mais importantes, se não o mais importante no governo do presidente Michel Temer (PMDB)” e disse acreditar que terá respaldo financeiro para mantê-lo e tentar ampliá-lo em 2018 – com a ressalva de que “o futuro será extremamente sombrio” sem a reforma da Previdência.