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Consumo de energia em março subiu 4,6%, afirma EPE

Por Antonio Pita
Atualização:

Em meio à preocupação com o nível dos reservatórios de água no Sudeste e a crise no setor energético, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quinta-feira que o consumo de energia elétrica no País cresceu 4,6% em março, ante o mesmo período do último ano, superando a marca de 40.250 GWh. A alta foi registrada em todos os segmentos, com destaque para a indústria, que começa a reverter os sinais de queda na produção, com alta no consumo de 1,3%. No acumulado do trimestre, o setor teve elevação de 0,7%.O crescimento no consumo industrial, segundo a EPE, retomou o patamar de dois anos atrás, com alta acumulada de 1,3% em 12 meses. "Já é possível observar que começam a cessar os efeitos estatísticos da redução das atividades da indústria eletrointensiva, notadamente a metalurgia do alumínio", diz a Resenha Mensal de consumo, publicada pela instituição.No consumo doméstico, a alta foi de 10% no trimestre. A empresa destaca ainda que a elevação no consumo residencial é a maior já registrada no período desde o início da pesquisa, em 2004. Na comparação mensal de março de 2014 com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 8,8%."Esse resultado reflete o expressivo aumento do consumo verificado nos meses de janeiro e fevereiro ocasionado pelo calor atípico nas regiões Sul e Sudeste", informa a EPE. O destaque ficou com a região sul, que teve alta de 17,5% no consumo do trimestre. Já o Sudeste, que representa metade do consumo residencial do País, a alta foi de 7,8%. Segundo o estudo, a forte elevação também se deve a uma maior posse de aparelhos de ar condicionado pelas famílias.No comércio, a expansão registrada no trimestre foi de 10,8%, também influenciada pelo forte calor durante o período. Nas regiões Sul e Sudeste, a alta no trimestre foi superior a 12%. Em março, o consumo no setor cresceu 8,3%."O consumo de eletricidade apurado naquele mês foi influenciado por dois fatores conjunturais: ainda as temperaturas excepcionalmente elevadas do verão que se encerrou no mês e o calendário, com a incidência do Carnaval no início daquele mês", explica o documento.

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