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Contratos agrícolas ganham versão eletrônica

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Por Anna Carolina Papp
Atualização:

A inovação gerada pelas chamadas “agrotechs” quer revolucionar não só as técnicas de produção no campo, mas os contratos das operações. Usando a mesma tecnologia que está por trás da moeda digital bitcoin, a londrinense Bart Digital automatiza e simplifica as tradicionais operações de “barter” – em que o agricultor troca sua produção por insumos agrícolas. 

“A nossa plataforma quer agilizar e dar mais transparência à formação dos contratos de crédito agrícola”, diz a cofundadora Mariana Bonora. A motivação veio de sua própria experiência profissional. “Eu era advogada numa indústria de insumos e tínhamos muitos problemas no quesito velocidade, pois são contratos complexos e que envolvem muitas partes”, diz. 

Tecnologia chega ao campo com contratos eletrônicos Foto: EPITACIO PESSOA/ESTADÃO

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O objetivo da startup, explica ela, é eliminar o “vai e vem de papel” e substituir esses contratos por operações eletrônicas, integrando produtores e indústria, de revendas a tradings. A digitalização das operações, além de agilizar o negócio, também contribui para diminuir os riscos e a volatilidade do mercado. 

Para automatizar os contratos, a plataforma usa assinatura digital, processo que decodifica e valida essas transações eletrônicas. Outra tecnologia utilizada é o blockchain – que ficou mais conhecida pelo bitcoin –, que consiste em uma rede global de validação e registro de transações de forma rápida e segura, eliminando a necessidade de um intermediário. 

O pontapé do negócio surgiu em uma maratona hacker de agronegócio em Londrina (PR). Agora em Indaiatuba, interior de São Paulo, a empresa foi incubada pela EsalqTec e começou em junho processo de aceleração pela Startup Farm.

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