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Coreia do Sul anuncia embargo à carne bovina brasileira

País segue decisão de outros compradores do Brasil: Arábia Saudita, China, Japão, África do Sul e Egito

Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

BRASÍLIA - O Itamaraty informou nesta terça-feira, dia 18, que a Coreia do Sul incluiu o Brasil na lista de países com risco para a doença da vaca louca. Isso significa a suspensão das importações daquele país de carne bovina brasileira.   O país não está entre os principais mercados consumidores do produto brasileiro. A Coreia do Sul não compra carnes frescas nem congeladas do Brasil. De janeiro a novembro desde ano as empresas brasileiras exportaram para o mercado sul-coreano apenas 15,1 toneladas de preparações alimentícias e conservas à base de carne bovina. A receita foi de US$ 48 mil. Em relação ao mesmo período do ano passado as exportações para a Coreia do Sul recuaram 95% em 2012 tanto em volume como em valor. Com a decisão da Coreia do Sul, são seis os países que anunciaram o embargo à carne bovina brasileira. Além dos sul-coreanos, também já haviam anunciado o embargo a Arábia Saudita, China, Japão, África do Sul e Egito. O bloqueio por parte do Egito refere-se apenas à produção do Paraná, onde em dezembro de 2010 foi registrado caso de vaca louca, anunciado há duas semanas pelo governo brasileiro.

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Na ocasião, uma vaca de 13 anos mantida para fins de procriação morreu de outras causas em 2010 e nunca desenvolveu a doença. Mas um teste realizado no animal acusou um resultado positivo para o agente causador da doença, uma proteína chamada príon, que pode ocorrer espontaneamente em bovinos mais velhos.

Nesta condição, os animais são classificados como tendo "EEB atípica".

No dia 7 de dezembro de 2012, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), em comunicação oficial, manteve a classificação do Brasil como país de risco insignificante para a EEB, confirmando que o Brasil é livre da doença.

"Esta classificação tem sido seguida por importantes países e blocos consumidores", afirmou o frigorífico Minerva nesta terça-feira em nota ao mercado, esclarecendo que as vendas para a Arábia Saudita representaram aproximadamente 2,5 por cento do faturamento bruto da companhia no acumulado do ano.

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