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Coreia do Sul: executivos demitem-se após roubo de dados

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Por Redação
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Executivos de três empresas financeiras sul-coreanas apresentaram suas cartas de demissão após a divulgação do maior roubo de dados de detentores de cartão de crédito no país. A promotoria divulgara no início deste mês que informações de cerca de 104 milhões de cartões de crédito emitidos pelo KB Financial Group Inc., NongHyup Financial Group Inc. e pelo conglomerado Lotte Group foram roubados entre maio e dezembro de 2012 por um único engenheiro da Korea Credit Bureau, empresa contratada pelas três firmas. Não foi possível entrar em contato com a Korea Credit, mas uma mensagem em seu site pede desculpas pela falha de segurança. Os dados roubados incluem endereços residenciais e de e-mail, números de telefone e números de registro de residentes. Os números dos cartões foram roubados da NongHyup e da Lotte, mas não da KB Financial, informaram as empresas. A promotoria indiciou o engenheiro e dois supostos compradores dos dados, mas afirmou que as informações vazadas não circularam. Todos os 27 principais executivos das unidades bancária e de cartões de crédito do KB Financial, assim como da holding da empresa, o KB Financial Group, apresentaram suas cartas de demissão e assumiram a responsabilidade pelo vazamento das informações, que abrangem cerca de 53 milhões de detentores de cartões, disse o banco nesta segunda-feira. O presidente da companhia ainda vai decidir se aceita as demissões. O diretor da divisão de cartões de crédito da NongHyup, Sohn Kyoung-ik, também apresentou sua demissão nesta segunda-feira, que foi prontamente aceita pela empresa. Na noite desta segunda-feira (horário local), a Lotte disse que nove executivos da unidade de cartões, incluindo o executivo-chefe Park Sang-hoon, pediram demissão. No caso da empresa, a decisão tem de ser aprovada pelo conselho de diretores. "Informações pessoais foram vazadas, mas não foram distribuídas", afirmou o presidente da Comissão de Serviços Financeiros, Shin Je-yoon aos jornalistas nesta segunda-feira. "Eu vejo que as pessoas estão realmente preocupadas de que o vazamento das informações possa levar ao mau uso dos cartões de crédito, mas isso é improvável", disse ele. Shin afirmou que vai buscar mudanças na lei para permitir que o regulador aplique penalidades contra a alta diretoria de empresas envolvidas para evitar casos semelhantes no futuro. As três emissoras de cartões de crédito afirmaram que compensarão os clientes por qualquer perda financeira e rapidamente substituirão os cartões que forem solicitados. O número de cartões de crédito afetados é maior do que a população total da Coreia do Sul, que é de cerca de 50 milhões. Isso acontece porque muitos sul-coreanos têm mais de um cartão e, segundo a promotoria, as informações vazadas incluem cartões corporativos e de pessoas mortas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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