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CPI do Carf convoca executivos de Engevix e Huawei

A comissão também quebrou os sigilos fiscal e bancário de cinco pessoas suspeitas de participação no esquema de fraude na Receita

Por Isadora Peron
Atualização:

BRASÍLIA - A CPI do Carf convocou nesta quinta-feira, 9, mais executivos de grandes empresas para prestar depoimento. Um deles é o presidente do Conselho de Administração da Engevix Engenharia, Cristiano Kok. A empresa é acusada de participar do esquema de corrupção descoberto na Petrobrás pela Operação Lava Jato. O executivo-chefe da Huawei do Brasil, Jason Zhao, também foi convocado.

Em outra frente, o conselho convocou ainda o ex-secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo, que foi presidente do Carf. Ele se tornou um dos principais alvos da Operação Zelotes, que investiga a manipulação de processos do órgão por parte de ex-conselheiros, empresas e escritórios de advocacia. Como se trata de convocação, todos terão que comparecer.

CPI do Carfouviu o depoimento do presidente da Mitsubishi no Brasil nesta quinta-feira Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A comissão também quebrou os sigilos fiscal e bancário de cinco pessoas. Além de ex-conselheiros, a CPI quer analisar os dados de Leonardo Manzan, que é genro de Cartaxo.

Nesta quinta, o colegiado ouviu o depoimento do presidente da Mitsubishi no Brasil, Robert Rittscher, mas dispensou o representante da Ford, Steven Armstrong, de vir à comissão.

Segundo o presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a comissão não tem elementos que comprovem que a Ford teria se envolvido no esquema revelado pela Operção Zelotes.

Já sobre a Mitsubishi pesa a suspeita de a empresa ter conseguido reduzir a sua dívida com o fisco de R$ 266 milhões para menos de R$ 1 milhão ao final do processo. O teor do depoimento de Rittscher, porém, não satisfez os senadores. Por isso, o presidente da comissão decidiu apresentar um requerimento para pedir a quebra dos sigilos de Rittscher.

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