O crescimento dos empréstimos imobiliários em circulação na China se desacelerou no ano passado, de acordo com dados do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país), em mais um sinal de esfriamento do setor em consequência da pressão que o governo vem fazendo há dois anos. A desaceleração também aponta as difíceis condições de crédito que as incorporadoras enfrentam.
O valor dos empréstimos imobiliários em circulação na China no fim do ano passado subiu 13,9% em relação a um ano antes, mas a taxa de crescimento foi 13,5 pontos porcentuais menor do que a registrada no período anterior.
O total de empréstimos imobiliários em circulação concedidos por grandes instituições financeiras - domésticas e estrangeiras - somou 10,73 trilhões de yuans no fim do ano passado. No geral, 1,26 trilhão de yuans em novos empréstimos imobiliários foram fornecidos no ano passado, o correspondente a 17,5% dos empréstimos totais no país - 9,4 pontos porcentuais menos do que um ano antes.
O crescimento mais lento dos empréstimos imobiliários ocorre enquanto o governo central chinês vem apertando a política monetária e limitando o crédito bancário, entre outras ações, para esfriar o superaquecido mercado residencial do país.
Nos últimos dois anos, a China implementou uma série de medidas para conter a especulação imobiliária, incluindo a elevação das taxas de juros e a introdução de limites para compras de casas, como parte dos esforços para tornar as moradias menos caras e evitar uma potencial instabilidade social.
Os empréstimos para incorporação imobiliária em circulação na China no fim do ano passado subiram 17,1% - para 2,72 trilhões de yuans - em relação ao fim de 2010, ou 5,9 pontos porcentuais menos do que a expansão verificada naquele ano. Os empréstimos para desenvolvimento de projetos de moradias públicas totalizaram 350 milhões de yuans no fim do ano passado - um crescimento de 175 bilhões de yuans. As informações são da Dow Jones.
