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Às vésperas de decisão do Copom, centrais sindicais protestam contra juros altos

Manifestação ocorre na frente do prédio do banco Central em São Paulo; em Brasília, CUT protesta contra política econômica no Ministério da Fazenda

Por Igor Gadelha e Rachel Gamarski
Atualização:
Força Sindical disse esperar cerca de mil trabalhadores no protesto que ocorre na Avenida Paulista Foto: NELSON ANTOINE

No dia em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica de juros da economia (Selic), representantes das seis principais centrais sindicais do País realizam protesto contra juros altos em São Paulo. A manifestação ocorre em frente à sede regional do Banco Central, na Avenida Paulista. O ato teve início às 10 horas, com previsão de acabar por volta do meio dia.

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Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, estão sendo esperados cerca de mil trabalhadores. A Polícia Militar não fez contagem do número de participantes. Além de faixas e cartazes, os sindicalistas montaram, em frente à entrada do BC, um pódio com três lugares, onde artistas representando banqueiros e especuladores irão receber medalhas simbólicas de "campeões mundiais de juros altos".

Além da Força Sindical, participam do ato na capital paulista representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). A principal reclamação é de que os juros altos penalizam a produção e reduzem empregos. 

Brasília. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) escolheu o Ministério da Fazenda para protestar contra a política econômica do governo federal. Desde de cedo, manifestantes da Central estão na sede da pasta reivindicando mecanismos que garantam maior poder de consumo à população.

De acordo com o presidente da Executiva Nacional da CUT, Júlio Turra, a escolha do local foi feita porque a CUT critica os rumos da política econômica adotada pelo ministro Joaquim Levy. Segundo ele, essa política tira o poder de compra da sociedade e não tem controlado a inflação. Para Turra, uma das maiores preocupações é que a CUT "não vê luz no fim do túnel".

Segundo a entidade, cerca de 2 mil manifestantes fazem parte do protesto. Porém, nas contas da Polícia Militar, o número de pessoas no local chega a apenas 350.

Além da Fazenda, os manifestantes da CUT farão outro protesto nesta terça-feira, em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal.

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