Publicidade

Decisão da Moody's indica quais prioridades o governo deve ter, diz Joaquim Levy

Para ministro da Fazenda, rebaixamento mostra que o País precisa ter foco em manter a qualidade da dívida; Cunha diz que governo tem de fazer a sua parte

Por Rachel Gamarski e Victor Martins
Atualização:
Declaração da Moody's foi detalhada e transparente, diz Levy Foto: Andre Dusek/Estadão

BRASÍLIA – Após o rebaixamento do rating do Brasil para Baa3 pela agência de classificação de risco Moody’s, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a decisão da agência é uma indicação das prioridades que o governo deve ter para manter a qualidade da dívida pública. 

PUBLICIDADE

“A declaração da Moody’s explica exatamente os ponto que ela achou relevante, é uma declaração bastante detalhada, transparente e que eu acho que dá indicação das prioridades que a gente tem que ter em relação a manter a qualidade da nossa dívida pública”, disse ao deixar o Ministério da Fazenda depois de uma reunião com banqueiros.

O ministério da Fazenda informou que publicará uma nota sobre o rebaixamento, mas não informou horário para a divulgação.

Nem um mês depois da nota de crédito do Brasil ser revisada pela Standard & Poor's, agora foi a vez da Moody's rever a perspectiva do País. A agência de classificação de risco Moody's decidiu rebaixar a nota de risco de crédito do Brasil. O rating passou de Baa2 para Baa3, nota que ainda coloca o País na lista dos bons pagadores, aqueles que possuem o chamado grau de investimento. 

A perspectiva para as próximas revisões passou para estável. Antes, ela estava negativa. Apesar do rebaixamento da nota, a leitura inicial do mercado foi positiva, visto que a tendência agora é de o rating permanecer no mesmo patamar nas próximas revisões.

Oposição. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o rebaixamento do rating do Brasil "mostra que o governo tem de fazer sua parte na economia". Em um rápido comentário sobre o assunto antes de seguir ao Plenário, Cunha afirmou também que a decisão "é uma sinalização negativa, mas ainda não é problema de gravidade (que seria o) rebaixamento de grau de investimento", afirmou. "É um sinal negativo que tem de ser levado em consideração", concluiu. (Com informações de Gustavo Porto)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.