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Déficit de estatais é destaque em contas públicas de fevereiro

Por Agencia Estado
Atualização:

O setor público consolidado fechou o mês de fevereiro com um superávit primário ? arrecadação do governo menos os gastos com as autarquias municipais, estaduais, federal e as empresas estatais ? de R$ 3,295 bilhões, elevando para R$ 10,246 bilhões, ou 3,98% do Produto Interno Bruto (PIB), o saldo acumulado no primeiro bimestre de 2004. O grande destaque do resultado das contas públicas no mês passado foi o déficit primário das empresas estatais, que totalizou R$ 3,221 bilhões. Pelo acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o setor público brasileiro precisa economizar no primeiro trimestre R$ 14,5 bilhões. Isso significa que no mês de março, o superávit nas contas públicas terá que ser de, no mínimo, R$ 4,254 bilhões. O governo central registrou, em fevereiro, um saldo positivo em suas contas de R$ 4,838 bilhões e os governos regionais, ou seja, Estados e municípios, economizaram R$ 1,678 bilhão. O déficit das estatais foi puxado pelo comportamento das contas das empresas federais. Essas companhias registraram em fevereiro um déficit de R$ 3,724 bilhões, que foi compensado, em parte, pelos superávits de R$ 458 milhões e R$ 45 milhões obtidos pelas empresas estaduais e municipais, respectivamente. No acumulado, o governo central economizou nos dois primeiros meses de 2004 um total de R$ 12,017 bilhões para o pagamento de juros, enquanto que os governos regionais acumularam um superávit de R$ 3,439 bilhões. As estatais, neste período, acumularam um déficit primário de R$ 5,211 bilhões. Acumulado em dois meses Nos últimos 12 meses terminados em fevereiro, o setor público consolidado acumulou um superávit primário de R$ 60,335 bilhões, o que corresponde a 3,88% do PIB. O governo central, neste período, registrou um saldo positivo de R$ 39,435 bilhões enquanto que os governos regionais economizaram R$ 13,218 bilhões. As empresas estatais, neste período, acumularam um superávit primário de apenas R$ 7,682 bilhões. Os dados foram divulgados há pouco pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central.

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