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Depois das ameaças de Trump, China diz apoiar a OMC

Ministério das Relações Exteriores chinês diz que manter um sistema multilateral justo é do interesse de todos

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Por Redação
Atualização:

PEQUIM - A China apoia o trabalho da Organização Mundial do Comércio (OMC), informou o Ministério das Relações Exteriores chinês, após o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que pode desafiar regras da OMC vistas como interferência à soberania americana.

Documento divulgado pelo governo americano não menciona diretamente a China, mas evidencia críticas ao país Foto: Efe

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Manter um sistema multilateral justo e aberto com a OMC beneficia o crescimento econômico global e é do interesse de todos, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.

“Desde que a China se juntou à OMC sempre apoiou proativamente o trabalho da OMC, e esta posição não vai mudar”, disse o porta-voz durante entrevista coletiva, quando perguntado sobre a proposta americana a respeito da organização. O Ministério do Comércio da China se negou a comentar de imediato.

Em documento da agenda de política comercial divulgado ao Congresso na quarta-feira, o escritório do Comércio dos Estados Unidos, apesar de não mencionar a China de maneira explícita, evidencia que o país é o alvo das críticas do governo Trump. “Grandes parcelas da economia global não refletem forças de mercado. Importantes setores da economia global e mercados significativos ao redor do mundo são distorcidos por subsídios governamentais, roubo de propriedade intelectual, manipulação da moeda, empresas estatais e inúmeras práticas desleais”, diz o texto. “A incapacidade do sistema de responsabilizar esses países leva a uma falta de confiança no sistema.”

Tensão. Em evento do Credit Suisse, no fim de janeiro, o presidente executivo da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, advertiu que a s políticas do presidente Donald Trump poderiam acelerar uma possível guerra comercial contra a China, criando sérios impactos aos mercados financeiros.

Para Stuhlberger, Trump poderia aumentar os laços com a Rússia e a Índia para compensar o poder crescente da China. A Verde supervisiona R$ 31 bilhões em ativos.

Na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, o presidente da China, Xi Jinping, em resposta às indiretas de Trump sobre questões comerciais, advertiu que “em uma guerra comercial, ninguém sai ganhando”. 

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