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Deputado diz que MG quer R$ 2 bi para compensar leilão da Cemig

Fábio Ramalho, vice-presidente da Câmara, pediu que parte do dinheiro arrecadado com o leilão das usinas que eram operadas pela Cemig sejam investidas no Estado

Por Isadora Peron e Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) afirmou nesta terça-feira, 3, que a bancada do Estado vai enviar uma carta ao presidente Michel Temer pedindo para que parte do dinheiro arrecadado com o leilão das usinas que eram operadas pela Cemig seja investido em Minas Gerais. Segundo Fabinho, como o deputado é conhecido, a ideia é que pelo menos R$ 2 bilhões dos R$ 12,1 bilhões arrecadados pelo governo com a venda das quatro usinas sejam revertidos em obras em áreas como saúde, saneamento e revitalização dos rios no Estado.

A usina de Miranda é das quatro hidreléticas da Cemig que foram leiloadas Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG - 18/8/2017

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O vice-presidente da Câmara evitou falar em retaliação caso o Palácio do Planalto não aceite o acordo, mas afirmou que, se isso acontecer, haverá reflexos na relação da bancada com o governo. "O recado vai ser dado em todas as votações. O governo deve muito a Minas", disse o deputado.

+ CELSO MING: Como avaliar estes leilões O assunto foi discutido em um almoço na Câmara, do qual também participou o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). Os deputados vão redigir a carta, que deve ser entregue a Temer depois do feriado de 12 de outubro. Pimentel concordou com a iniciativa e disse que a bancada deve listar na carta todas as demandas do Estado que estão pendentes no governo. "A verdade é que governo Temer está devendo muito para a gente. Independente dessa questão das usinas, já estava devendo. Mais um motivo para a gente cobrar", disse.

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