BRASÍLIA - A oposição fez um novo protesto no plenário da Câmara durante a votação da reforma trabalhista. Com cartazes contra o projeto e uma grande faixa com os dizeres "Não toque nos nossos direitos", a oposição paralisou momentaneamente o andamento dos trabalhos, que já foi retomado. A expectativa é que a votação termine ainda hoje.
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Uma nova sessão havia sido reaberta quando a oposição tomou o centro do plenário. Vestido de soldador, o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) circulou pelo plenário, o que revoltou os governistas. "Só vai falar em plenário quem estiver vestido nos costumes da Casa. Só vai falar quem estiver de terno e bem vestido", reagiu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O protesto do "deputado soldador", Assis Melo (PCdoB-RS), contra a reforma trabalhista, levou à exoneração temporária do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Assis é suplente de Nogueira na Câmara. A exoneração do ministro é uma estratégia do governo para garantir a aprovação de reformas no Congresso. Outros três chefes de pasta também retornaram à Câmara nesta quarta-feira, 26: Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia).
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) saiu em defesa do colega e lembrou que outros parlamentares comparecem à Câmara com uniforme de policial militar, como é o caso do deputado Capitão Augusto (PR-SP). "Não é razoável que um metalúrgico, num dia histórico, não seja respeitado da mesma maneira que outras categorias", discursou o petista.
A sessão começou com a oposição em obstrução. Os oposicionistas pediram a leitura da ata da sessão anterior, o que vai atrasar o andamento dos trabalhos.