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Deputados negociam redução de idade mínima para aposentadoria

Segundo fontes, base governista articula para emplacar idades menores, de 60 anos para homens e 58 anos para mulheres

Foto do author Adriana Fernandes
Por Igor Gadelha , Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli
Atualização:

BRASÍLIA - A flexibilização das idades mínimas de aposentadoria já está na mesa de negociação para conseguir a aprovação de uma reforma da Previdência "possível", segundo apurou o Estadão/Broadcast com fontes do Congresso e do governo. Integrantes da base aliada na Câmara articulam nos bastidores meios para emplacar idades menores, de 60 anos para homens e 58 anos para mulheres. A proposta será levada à discussão hoje no jantar com lideranças políticas e com o presidente Michel Temer.

A avaliação dos deputados é que, se não mudar a idade mínima, a reforma "não passa". Foto: Reuters

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Uma alteração na regra de transição também está em jogo. Há tentativas para retirá-la do texto, o que agradaria a políticos que desejam uma reforma da Previdência que valesse apenas para novos segurados, ou seja, para quem começar a contribuir para a aposentadoria após a promulgação da proposta.

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Para a equipe econômica, no entanto, essa medida seria catastrófica porque as novas regras não teriam efeito sobre quem está hoje no mercado de trabalho. Assim, os ganhos esperados com a reforma seriam obtidos apenas daqui a algumas décadas. A proposta atual prevê economia de recursos começando imediatamente e crescendo ao longo dos anos.

A pressão se intensificou na reta final das articulações, e os parlamentares jogam pesado para tentar conseguir mais concessões diante do objetivo do governo de aprovar a reforma "possível".

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O Estadão/Broadcast antecipou ontem a pressão de aliados para reduzir a idade mínima para 60 anos no caso de homens e 58 anos no caso de mulheres. Há emendas que, se destacadas para voto em separado no plenário, respaldam esses patamares. O desejo, porém, é que essa proposta seja incorporada já na emenda aglutinativa que será apresentada pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

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A avaliação dos deputados é que, se não mudar a idade mínima, a reforma "não passa".

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Para a regra de transição, uma ideia menos radical seria encurtar o tempo de duração, hoje de 20 anos, para algo em torno da metade. A intenção é chegar mais rápido ao fim da transição, mas tendo como linha de chegada uma idade mínima menor. 

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