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Desaceleração do IPCA-15 em julho mostra que manutenção do juro foi correta, diz economista

Segundo André Perfeito, da Gradual, o resultado também indica que as expectativas da inflação apontadas no Focus devem ser revisadas para índices menores nas próximas divulgações

Por Igor Gadelha
Atualização:

SÃO PAULO - A desaceleração da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) em julho ante junho indica que a manutenção da taxa Selic no patamar de 11% pelo Banco Central está correta e reforça as projeções de que a curva de juros futuros no Brasil deve continuar caindo. A avaliação é do economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Segundo ele, o resultado também indica que as expectativas da inflação apontadas pelos economistas ouvidos pelo Focus devem ser revisadas para índices menores nas próximas divulgações.

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Conforme divulgado há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo IPCA-15 registrou alta de 0,17% em julho, após subir 0,47% em junho. O resultado ficou abaixo da mediana de +0,20% estimada por analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções. Eles esperavam uma inflação entre 0,10% e 0,36%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula taxas de 4,17% no ano e de 6,51% em 12 meses até julho.

Na abertura do dado, o economista-chefe da Gradual Investimentos destaca a queda no grupo Alimentação e Bebidas, que teve deflação de 0,03%. Em relação à alta do segmento Despesas Pessoais, que acelerou de 1,09% para 1,74%, Perfeito ressalta que esse aumento foi puxado pelo grupo "Diárias de Hotéis", que ficaram 28,63% mais caras, em razão do período de férias e da Copa do Mundo. "O resultado geral (do IPCA-15) veio mais alto do que ano passado (0,33%), mas em 2013 aconteceram as manifestações", lembra. 

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