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Desemprego no 2º trimestre de 2013 foi de 7,4%, aponta novo índice do IBGE

Primeira divulgação de abrangência nacional mostra desocupação maior que a atual pesquisa de emprego, mas IBGE diz que não é possível comparar

Por Daniela Amorim (Broadcast), Idiana Tomazelli e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013, mostram os primeiros dados divulgados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O resultado é ligeiramente menor que o verificado no mesmo trimestre de 2012, quando a taxa de desemprego foi de 7,5%. No primeiro trimestre de 2013, a taxa foi de 8,0%.

É a primeira vez que o IBGE divulga uma taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. As primeiras divulgações da Pnad contínua abrangem apenas Brasil e grandes regiões, desde o início de 2012 até o primeiro semestre de 2013.

Por ter abrangência nacional, a taxa de desocupação pela Pnad Contínua tem resultados diferentes dos verificados pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A primeira mostra uma taxa de desocupação média de 7,35% em 2012, segundo a soma dos quatro trimestres verificados pela pesquisa, contra uma taxa de desemprego média de 5,5% mostrada pela PME naquele ano.

A diferença, contudo, não deve ser encarada como uma deterioração no cenário do mercado de trabalho brasileiro, segundo a presidente do instituto, Wasmália Bivar. "Já não era preocupante o cenário do mercado de trabalho brasileiro, pelo contrário. O cenário que o IBGE vem mostrando é de um mercado de trabalho extremamente aquecido, com taxa de desocupação baixa", afirmou Wasmália.

Além do cálculo impreciso devido à diferença na periodicidade, as pesquisas ainda possuem diferenças no corte por idade e abrangência territorial. "As pesquisas não são em nada comparáveis", ressaltou a presidente do IBGE, apontando que a Pnad Contínua dá o retrato de todo o Brasil, enquanto a PME só mostra seis regiões metropolitanas. "Quando você fala em Brasil, você fala em Altamira, no Pará. Vão ter os grandes serviços como tem em São Paulo? Óbvio que não", exemplificou.

Essa nova pesquisa substituirá no ano que vem a PME, hoje o índice oficial da desocupação da mão de obra no Brasil, que abrange apenas seis regiões metropolitanas. Fará as vezes também da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

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