Após vender a Desenvix, empresa de energia, para a sócia norueguesa Statkraft Investimentos, a Engevix afirma que considera, ainda que de forma "muito secundária", a venda de suas participações nos aeroportos de Brasília e São Gonçalo do Amarante (RN). Segundo o diretor-geral da Engevix, José Antunes Sobrinho, a prioridade é efetivar a venda da participação no ativo de energia, que deve render cerca de R$ 500 milhões ao grupo e aliviar a pressão financeira pela qual a Engevix passa em meio às investigações da companhia na operação Lava Jato. Para Antunes, apenas interessa a venda de 100% da participação no consórcio que detém o aeroporto do Rio Grande do Norte e de 51% da Sociedade de Propósito Específico (SPE) que opera o de Brasília. "Ou é tudo, ou é nada", disse, rejeitando a possibilidade de apenas reduzir sua participação e se tornar minoritário. Antunes disse que tem sido sondado, especialmente por investidores estrangeiros. "Estamos sendo procurados por muita gente fora do Brasil, muitos interessados, estamos sendo sondados pelo mercado e estamos aceitando ser sondados", disse. Outro ativo potencialmente à venda é a Ecovix, do segmento naval. A Engevix tem como sócio nesta empresa a japonesa Mitsubishi, que detém 30%. "Consideramos alguma participação de terceiros lá, para tornar o negócio mais capitalizado", disse Antunes. Segundo ele, o ativo tem atraído interesse, por conta do estaleiro Rio Grande, que tem ampliado sua produtividade e tem potencial de ganho de eficiência adicional.