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Dez notícias sobre as dificuldades que Dilma tem pela frente na economia

Fim do primeiro mandato da presidente reeleita enfrenta chuva de más notícias na área econômica, e tudo indica que as coisas ainda tendem a piorar

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Por Redação
Atualização:
Mantega: "problemas passageiros" Foto: Clayton de Souza/Estadão

SÃO PAULO - As notícias da economia após as eleições começam a preocupar os consumidores, apesar da promessa do ministroda Fazenda, Guido Mantega, de que os problemas econômicos do País são 'passageiros'. Os juros aumentaram, o preço da gasolina pode subir, a arrecadação do governo caiu apesar dos impostos elevados e as montadoras de veículos estão mais uma vez pedindo incentivos para tentar desovar o estoque encalhado. 

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Confira abaixo dez notícias que mostram as dificuldades que a presidente reeleita Dilma Rousseff tem pela frente no início do seu segundo mandato:

1. Cheque especial: O juro médio cobrado no cheque especial ao consumidor chegou a 183,2% ao ano em setembro. Isso significa uma elevação de 10 pontos porcentuais ante agosto, quando ficou em 172,8%.

2. Juros: Três dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em decisão inesperada, o Banco Central decidiu esta semana elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) para 11,25% ao ano. Desde abril, a Selic estava estacionada em 11% ao ano.

3. Inflação: A inflação em 12 meses no Brasil se distanciou ainda mais acima do teto da meta do governo, de 6,50%, em setembro, segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). O ritmo anual de alta dos preços da economia foi de 6,75% no período - o maior nível desde outubro de 2011. No mês, em relação a agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,57%. 

4. Arrecadação federal: Lançado para salvar o resultado das contas públicas de 2014, o programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis) decepcionou em setembro e deixou a Receita Federal sem saber como será o desempenho dos tributos até o fim do ano. As empresas devedoras recolheram R$ 1,637 bilhão ao Fisco, quando esperavam-se R$ 2,2 bilhões ao mês daqui até dezembro. 

5. Medidas de recuperação: O governo pode lançar nos próximos dias um plano de recuperação fiscal, das contas públicas, para tentar resgatar a confiança do mercado na política econômica. Reafirmando o compromisso de fazer uma meta de superávit primário de 2% a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, a estratégia deve trazer uma combinação de medidas de contenção de despesas e aumento das receitas.

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6. Gastos do governo: Enquanto a economia está em recessão técnica, os gastos públicos continuam crescendo e o Brasil será o terceiro país que mais vai aumentar despesas em 2014 entre todos os países do G-20. Isso reforçará a posição do País como emergente com mais gastos públicos e o sexto país cujo governo tem mais despesas no grupo das 20 maiores economias - atrás apenas de França, Itália, Alemanha, Canadá e Reino Unido.

7. Vendas de veículos: Com vendas em queda e cortes na produção, a indústria automobilística vai pedir à presidente reeleita Dilma Rousseff que mantenha inalteradas as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. As taxas integrais do imposto estão previstas para serem retomadas em 1.º de janeiro, depois de dois anos de redução.

8. Aumento da gasolina: O governo espera acalmar o mercado financeiro com o anúncio, em breve, do reajuste dos preços dos combustíveis, informou uma fonte no governo. Em uma só tacada, a ideia é aplacar o mau humor do mercado e atender às necessidades de recomposição de caixa da Petrobrás. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou, porém, que o reajuste deve ser menor do que vem pedindo a presidente da estatal, Graça Foster, nos últimos meses. O Palácio do Planalto ainda não bateu o martelo sobre quando será o aumento de preço, mas o tema está na pauta da reunião do conselho de administração da companhia.

9. Preço do minério de ferro: Por mais um trimestre o preço mais baixo do minério de ferro afetou em cheio o resultado da Vale. A mineradora brasileira reportou um prejuízo líquido de R$ 3,38 bilhões no terceiro trimestre deste ano, ante um lucro de R$ 7,95 bilhões no mesmo período do ano passado. O resultado, segundo a Vale, refletiu o impacto das variações cambiais e perdas monetárias em dívidas e derivativos devido à depreciação (queda) do real em relação ao dólar.

 

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