PUBLICIDADE

Publicidade

Dilma assina mais 3 contratos de concessão de rodovias

Por Rafael Moraes Moura e LU AIKO OTTA E ERICH DECAT
Atualização:

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 12, que o grande desafio que o País enfrenta hoje é a necessidade de se construir infraestrutura logística. "Ao analisar as rodovias, principalmente nos eixos mais importantes, levar a duplicação a elas torna-se essencial", afirmou Dilma durante cerimônia de assinatura de mais três contratos de concessão de rodovias do Programa de Investimento em Logística (PIL). Para a presidente a duplicação das estradas também significa "maior segurança, rapidez e menor custo".No evento onde também estavam o ministro dos Transportes, César Borges, e representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e das empresas vencedoras dos leilões, a presidente Dilma fez críticas direcionadas aos "pessimistas" quanto ao andamento do PIL."Houve desconfiança, gente pessimista em relação a ele (ao programa). Aproveito e uso uma imagem feita pelo grande Nelson Rodrigues, que dizia que os pessimistas fazem parte da paisagem, assim como os morros e as praças. É a da vida, da condição humana, agora todos nós que temos de fazer somos aqueles que têm de acreditar que é possível modificar paisagens", afirmou.O evento serviu para a assinatura dos três contratos de concessão de rodovia que faltam: BR-163 no Mato Grosso, BR-163 no Mato Grosso do Sul e BR-040 no Distrito Federal e em Minas Gerais. Dessa forma, foi concluída a formalização de concessões de cinco lotes rodoviários leiloados no final do ano passado.De acordo com dados do governo, a concessão da BR 163-MS deverá ter investimentos de R$ 5,69 bilhões em 30 anos nos 847,2 quilômetros situados entre a divisa de MT/MS e divisa MS/PR. A tarifa de pedágio prevista pelo grupo CCR foi de R$ 0,04 por quilômetro de rodovia, o que representa um deságio de 52,74%.Em relação à concessão da BR 163-MT a previsão do Executivo é de que R$ 4,6 bilhões sejam investidos nas próximas três décadas nos 850,9 quilômetros situados entre MT/MS e Sinop (MT). Já a concessão da BR 040/DF/GO/MG deve gerar investimentos da ordem de R$ 7,92 bilhões nos próximos 30 anos nos 936,8 quilômetros de rodovia que vão de Brasília (DF) até Juiz de Fora (MG), passando por Belo Horizonte (MG).Para juntar os três contratos no mesmo evento, dois tiveram sua formalização adiada. As datas previstas eram 6 de março para o trecho no Mato Grosso do Sul e 20 de fevereiro para o do Mato Grosso. Já a assinatura do contrato da BR-040 foi adiantado. Estava marcado para o dia 20 de março.As datas mudaram a pedido do Planalto, segundo apuro o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado. Assessores confirmam que a intenção é faturar as concessões, fortalecer uma agenda positiva junto ao setor privado e aumentar a visibilidade das ações do governo em período pré-eleitoral.Dilma já começou a capitalizar o avanço na infraestrutura no final de janeiro, quando foi assinado o contrato de concessão do lote formado por trechos das BR 060, 153 e 262 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, vencido pela Triunfo Participações.A cerimônia, originalmente prevista para ocorrer no Ministério dos Transportes - sem a presença da presidente -, foi trazida às pressas ao Palácio do Planalto, com a participação de Dilma, num claro contraste com o que havia ocorrido com outra concessão, a da BR-050 em Goiás e Minas Gerais, um leilão vencido pelo consórcio Planalto. Para eles, a formalidade ocorreu sem maiores pompas no ministério.Os dois trechos da BR-163 são importantes canais de escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste rumo aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). O mês de março é um pico no embarque de soja para exportação, de forma que a presidente terá um bom mote para explorar na solenidade.Nos últimos dias, os ministérios dos Portos, dos Transportes e da Agricultura intensificaram os trabalhos para evitar a formação de filas de caminhões nos portos. A principal medida é o agendamento da carga, que permite a chegada controlada de veículos.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.