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Disposição em investir no setor de infraestrutura é a maior em 3 anos, diz pesquisa

Segundo levantamento do RI Club Infra, 60,2% dos entrevistados têm planos de investir no País, um aumento de 20,2 pontos percentuais em relação a março de 2015

Por Letícia Fucuchima
Atualização:

A disposição dos grupos atuantes no setor de infraestrutura em investir ou ampliar negócios no Brasil é a mais alta em três anos. É o que mostra uma pesquisa com 113 empresários e investidores conduzida pelo GRI Club Infra, grupo que reúne players e especialistas em todos os segmentos de infraestrutura. Em sua sexta edição, o Termômetro do GRI Club Infra Brazil aponta que 60,2% dos entrevistados têm planos de investir no País, um aumento de 20,2 pontos percentuais em relação ao que se observava em março de 2015, quando foi feito o primeiro levantamento. Já ante o reportado em março de 2017, essa parcela subiu 7,9 pontos percentuais. "As edições anteriores da pesquisa corroboraram o quanto o setor de infraestrutura sofreu até 2017 com o acirramento das turbulências no País, e agora revelam uma nova fase de investimentos", afirma o CEO do GRI Club, Gustavo Favaron. Na avaliação do porta-voz, o maior otimismo das companhias reflete diretamente a percepção de retomada econômica em 2018 e as boas expectativas do mercado em relação aos rumos do setor, em especial com o anúncio de novos ativos que serão licitados pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal.

Desde março de 2015, também caiu o número de companhias que estão desinvestindo ou reduzindo o tamanho de seus negócios no País Foto: Robson Fernandes/Estadão

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Desde março de 2015, também caiu o número de companhias que estão desinvestindo ou reduzindo o tamanho de seus negócios no País. Há três anos, essa era a postura informada por 16,0% dos executivos. Em março deste ano, esse porcentual ficou em 3,5%. O levantamento indica ainda que 36,3% dos entrevistados estão aguardando para tomar decisões. Em relação ao reportado na primeira edição, a variação foi menos intensa, com uma queda de 7,7 pontos percentuais. Mas, no balanço entre investir e desinvestir, existe hoje uma propensão muito maior a aumentar os negócios no Brasil do que a reduzi-los, salienta o GRI Club Infra.

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Entre as prioridades para aporte de capital, os segmentos do setor elétrico figuram no topo dos rankings. Considerando as oportunidades de novas concessões e/ou parcerias público-privadas (PPPs), transmissão de energia elétrica aparece em primeiro lugar, seguida de geração - na edição anterior da pesquisa, de setembro de 2017, esses ramos ocupavam a segunda e a quarta posição, respectivamente, nas prioridades de investimento.

Ainda na comparação com setembro do ano passado, o setor de saneamento mantém o terceiro lugar no radar dos investidores, enquanto aeroportos caíram da primeira para a quarta colocação. Já as rodovias seguem na quinta posição do ranking.

+ Governo busca modelo para vender fatia em terminais concedidos Em termos de oportunidades de operações em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) e consolidação, os segmentos de distribuição, geração e transmissão de energia encabeçam as listas, seguidos novamente de saneamento e rodovias. O setor de energia elétrica é um dos principais destaques do PPI. Há duas semanas, o conselho do programa federal qualificou 24 novos lotes de linhas de transmissão a serem licitados, com certames previstos para o segundo trimestre e investimentos estimados em R$ 8,8 bilhões. Em paralelo, o governo planeja ainda leiloar as distribuidoras operadas pela Eletrobras no Norte e Nordeste - em 21 de maio, conforme tem dito o Ministério de Minas e Energia -, dar andamento ao processo de privatização da Eletrobras e prorrogar a concessão da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Agro Trafo.

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