A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) fechou 2010 com um aumento de R$ 205 bilhões. O estoque da DPMFi saltou de R$ 1,398 trilhão em dezembro de 2009 para R$ 1,603 trilhão em dezembro de 2010. Esse aumento reflete sobretudo os empréstimos concedidos pelo Tesouro Nacional ao BNDES.
A Dívida Pública Federal externa, por outro lado, teve uma queda de R$ 8,87 bilhões no passado, caindo de R$ 98,97 bilhões para R$ 90,10 bilhões. A DPF, que inclui a dívida interna e externa, registrou uma elevação de R$ 197 bilhões, fechando o ano em R$ 1,694 trilhão.
Segundo dados do Tesouro Nacional, a DPMFi teve um aumento de 1,84% de novembro para dezembro. Essa elevação é resultado de uma emissão líquida de títulos de R$ 11,98 bilhões e o impacto de juros de R$ 17,04 bilhões. A DPFe teve uma queda de 1,46% de novembro para dezembro.
Estrangeiros ficaram com 11,56% do total da DPMI
Os investidores estrangeiros fecharam 2010 detendo 11,56% do total da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMI). O Tesouro Nacional informou no Plano Anual de Financiamento (PAF) que aperfeiçoou a metodologia de cálculo da participação dos estrangeiros no total da dívida.
Isso porque a implantação do novo cadastro do Selic tornou possível a identificação da real titularidade dos títulos públicos depositados como garantia nas câmaras de liquidação e custódia. Se não fosse considerada essa mudança, pela metodologia anterior a participação de estrangeiros teria fechado 2010 em 10,03%. O Tesouro vai agora refazer toda a metodologia de cálculo da série.
Texto corrigido às 11h15