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Dólar cai com perspectiva de votação da reforma da Previdência

Na abertura do pregão desta quinta-feira, 9, a moeda americana recuou 0,53%, a R$ 3,24; otimismo do mercado se dá diante do esforço do governo em tentar aprovar as novas regras para a aposentadoria no País

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Por Redação
Atualização:

O dólar recuava nesta quinta-feira, 9, para níveis abaixo de R$ 3,25, mantendo o movimento da véspera com os investidores mais otimistas com a possibilidade de aprovação de alguns pontos da reforma da Previdência.

Às 10:37, o dólar recuava 0,53%, a R$ 3,2411 na venda, depois de tocar r$ 3,2366 na mínima do dia.

Mercado vinha precificando cada vez mais temores de que o governo não conseguirá tirar a reforma da Previdência do papel, Foto: Wilton Junior|Estadão

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“O mercado está olhando de forma positiva o retorno das negociações (em torno da reforma da Previdência)... Há chances de a moeda voltar a operar na casa de R$ 3,20 no curtíssimo prazo”, disse o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

Nesta semana, o governo fez uma verdadeira força-tarefa para tentar angariar apoio político e tentar votar, mesmo que alguns pontos, a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

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O movimento veio após o presidente Michel Temer dar a entender, no início da semana, que teria desistido de aprovar a reforma, causando reações negativas nos mercados financeiros.

Na véspera, o relator da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou que o foco será a idade mínima e o fim dos privilégios e que espera que a votação ocorra até o dia 15 de dezembro na Casa.

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Nesta sessão, as negociacões continuavam. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) recebe Temer, líderes do Congresso e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em sua residência.

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Apesar do maior otimismo agora, o dólar mudou de patamar frente ao real recentemente justamente pelos temores de que o governo não teria força política para dar andamento à agenda econômica no Congresso Nacional.

Entre meados de julho e o início de outubro, o dólar basicamente rondou os patamares de R$ 3,15 e  R$ 3,20 e, depois disso, chegou a encostar no patamar de R$ 3,30.

O mercado vinha precificando cada vez mais temores de que o governo não conseguirá tirar a reforma da Previdência do papel, tanto pela aproximação do ano eleitoral de 2018 quanto pelo desgaste político no Congresso Nacional após Temer ter negociado com a base para segurar denúncias contra ele.

O cenário externo também ajudava no movimento de baixa do dólar. A moeda norte-americana caía ante uma cesta de moedas e algumas divisas de países emergentes, como o rand sul-fricano e o peso mexicano./REUTERS

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