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Dólar interrompe queda e busca equilíbrio

As cotações do dólar buscam um patamar de equilíbrio. Mas, a qualquer fato novo negativo, seja no cenário interno ou externo, as oscilações podem voltar, mesmo com as últimas medidas do Banco Central.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Argentina continua sob a observação dos investidores. No Brasil, as duas últimas medidas do Banco Central (BC) referentes a câmbio - swap (troca) dos títulos cambiais com alongamento da dívida e fim das vendas diárias de US$ 50 milhões - criaram um consenso de que a cotação chegou a um valor que agrada a equipe econômica. Dólar em alta favorece o resultado positivo da balança comercial, mas também pressiona os índices de inflação. Por outro lado, dólar muito baixo favorece as importações e dificulta as exportações, mas reduz a pressão sobre a inflação, abrindo espaço para o corte das taxas de juros. O atual patamar das cotações do dólar - entre R$ 2,35 e R$ 2,45 -, segundo os analistas pode ser um bom equilíbrio para o resultado da balança comercial, sem prejudicar a tendência para a inflação. Às 15h12, o dólar comercial estava cotado a R$ 2,3900 na ponta de venda dos negócios, em alta de 0,80%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 20,430% ao ano, frente a 20,380% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 1,64%. Nos Estados Unidos, os investidores reagiram mal à retração das vendas no varejo e no atacado nos Estados Unidos, em novembro. As vendas no setor de varejo recuaram 3,7%, a maior queda desde 1992, depois de terem registrado alta de 6,4% em outubro. Outro dado que veio abaixo das estimativas dos analistas foi o índice de preços ao produtor (PPI), que caiu 0,6% em novembro quando a expectativa era de uma retração de 0,3%. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - opera em queda de 0,74%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registra queda de 1,72%. Na Argentina, o governo Fernando De la Rúa enfrenta a sua sétima greve geral ao mesmo tempo em que crescem as pressões para que ele renuncie ao cargo. O presidente De la Rúa e o ex-presidente Carlos Menem se reuniram esta manhã para discutir um pacto de governabilidade. O governo argentino promete honrar o pagamento de US$ 437,9 milhões em bônus samurais que vencem amanhã. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 1,52%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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